AVALIAÇÃO ERGONÔMICA E ANTROPOMÉTRICA EM CRIANÇAS CADEIRANTES COM PARALISIA CEREBRAL
Palavras-chave:
Cadeira de rodas, Funcionalidade, Paralisia Cerebral, Qualidade de vida.Resumo
INTRODUÇÃO: A Paralisia Cerebral (PC) é uma lesão no Sistema Nervoso Central que implica em alterações biomecânicas, assim o uso de cadeira de rodas torna-se uma alternativa para a mobilidade desses indivíduos. OBJETIVO: O objetivo foi avaliar a ergonomia e antropometria em crianças cadeirantes com PC, bem como a funcionalidade e qualidade de vida. MÉTODOS: A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade Tiradentes (Parecer 492.055/2013). A amostra (n=50) composta por crianças de ambos os gêneros, com idade entre 0 e 12 anos foi avaliada pelo Questionário SF-36, Questionário Socioeconômico, escala Gross Motor Function Classification System(GMFCS), além de avaliação das medidas ergonômicas das cadeiras de rodas e medidas antropométricas. RESULTADOS: A classe social baixa (C1, C2, D e E) apresentou influência nas inadequações das cadeiras de rodas (40%) especificamente entre largura do assento da cadeira de rodas e largura do quadril, largura do encosto da cadeira e largura dos ombros e nos suportes de descanso para os braços e pernas. A altura do encosto, altura e profundidade do assento e apoio para os pés, encontraram-se adequados. Houve predominância da utilização do cinto torácico (42%), quanto à funcionalidade e qualidade de vida, houve correlação direta da GMFCS com SF-36 (r = -48; p<0.0003). CONCLUSÃO: Conclui-se que o baixo nível socioeconômico contribui para a não adequação contínua da cadeira de rodas de cada criança e que as inadequações alteram diretamente a funcionalidade e qualidade de vida de crianças cadeirantes com paralisia cerebral.
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Referências
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