PRÁTICAS ALIMENTARES E ESTADO NUTRICIONAL DAS CRIANÇAS INTERNADAS NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA CIDADE DE ARACAJU (SE)

Autores

  • Edivania Santos Oliveira
  • Damares Oliveira Santos
  • Joana Souza dos Santos
  • Tatiana Maria Palmeira dos Santos
  • Doriana da Conceição Lacerda

Palavras-chave:

Aleitamento materno, Sobrepeso, Alimentação complementar, Tempo de Aleitamento, Crianças.

Resumo

INTRODUÇÃO: A prática do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês influencia positivamente o crescimento adequado do bebê, sua ausência ou interrupção precoce, pode levar a consequências potencialmente danosas à saúde. Segundo uma revisão feita pela Organização Mundial da Saúde (OMS) os indivíduos amamentados tiveram uma chance 22% menor de vir a apresentar sobrepeso/obesidade. É possível também que haja uma relação dose/resposta com a duração do aleitamento materno. OBJETIVO: Avaliar as práticas alimentares e estado nutricional das crianças internadas na enfermaria pediátrica de um hospital público do Nordeste do Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um estudo descritivo do tipo transversal, no qual foram estudadas 69 crianças de ambos os gêneros, internadas na pediatria de um hospital público do nordeste brasileiro no período de abril de 2015 à abril de 2016. Os dados foram compilados dos protocolos do serviço de nutrição clínica do hospital (peso, estatura, diagnóstico clínico, presença de comorbidades), as práticas alimentares foram coletadas através da história dietética, no momento da admissão. O índice utilizado para a avaliação nutricional foi IMC/idade classi­ficados segundo o padrão da OMS (2006) para crianças de zero a cinco anos. No processamento e análise dos dados, foi usado o software SPSS versão 22 e o Anthro com padrão do OMS, segundo o score z. Na analise estatística, utilizou-se o teste do Qui quadrado e considerando o nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS E DISCUSSÃO: No presente estudo, encontrou-se 55,1% crianças do gênero masculino e 44,9% do gênero feminino. Observou-se um importante percentual de desmame 14 (20,3%) e uma reduzida prevalência de aleitamento materno exclusivo 08 (11,6%). Em relação ao estado nutricional observou que 35 (24,15%) encontravam-se eutróficas segundo IMC/I, ainda assim é importante destacar que há um número considerável de crianças com sobrepeso no total de 27 (39,1%). Além disso, foi evidenciado que as doenças respiratórias 17 (24,6%), e pulmonares 10 (14,5%) foram as que mais prevaleceram. Em relação à alimentação complementar das crianças observou-se uma maior prevalência no consumo de fórmulas mais outros tipos de alimentos, sendo no total de 22 (31,9%), somente fórmula 19 (27,5%). Pode-se observar que a maior parte da população estudada nunca mamou ou tiveram duração de aleitamento menos de 4 meses, sendo um total de 28 (40,6%) e de 4 a 6 meses. CONCLUSÃO: As crianças estudadas mostraram práticas de aleitamento materno insuficiente, principalmente os menores de seis meses quando o aleitamento materno deve ser prioritário. Além disso, a quantidade de crianças com sobrepeso aumenta à medida que diminuiu a oferta do leite materno, comprovando assim o efeito protetor do mesmo para as crianças na prevenção do sobrepeso e a obesidade durante toda a infância e vida adulta.

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Referências

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Publicado

2017-09-18

Como Citar

Oliveira, E. S., Santos, D. O., dos Santos, J. S., dos Santos, T. M. P., & Lacerda, D. da C. (2017). PRÁTICAS ALIMENTARES E ESTADO NUTRICIONAL DAS CRIANÇAS INTERNADAS NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA CIDADE DE ARACAJU (SE). Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, 1(1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/6291