Educação alimentar e nutricional na metodologia ativa de ensino aprendizagem: Relato de experiência com escolares em escola municipal de Lagarto-SE
Palavras-chave:
metodologia da problematização, educação alimentar e nutricional, escolaresResumo
INTRODUÇÃO: As escolas, espaços de vivência e formação, aparecem como excelente cenário de caráter formal, em que é possível gerar autonomia, participação crítica e criatividade para a promoção de saúde, que deve, no âmbito escolar, partir de uma visão integral e multidisciplinar, considerando as pessoas em seus contextos familiar, comunitário e social (IERVOLINO, 2000). OBJETIVOS: Relatar a aplicação da metodologia da problematização nas ações de educação alimentar e nutricional (EAN) para crianças em idade escolar. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de ação desenvolvida por estudantes do segundo ano do curso de Nutrição da Universidade Federal de Sergipe – Campus Lagarto com 29 escolares em escola municipal de Lagarto – Sergipe, sendo 17 meninas e 12 meninos entre 7 e 10 anos de idade. Foram realizados dois encontros: o primeiro para obter o diagnóstico nutricional das crianças, consistindo na coleta do peso, estatura e aplicação do questionário de frequência alimentar; no segundo encontro foram desenvolvidas ações de EAN fundamentadas no diagnóstico previamente realizado, focando na promoção da alimentação saudável. Os desenhos animados abordavam benefícios e importância do consumo de alimentos saudáveis. Para a dinâmica “Saudável/Não saudável”, os escolares, mediados pelos estudantes de Nutrição, separaram imagens de alimentos entre os grupos “Saudável” e “Não Saudável” de um cartaz. Na dinâmica “Adivinhe a fruta” os escolares, vendados, foram instigados a usar os sentidos para adivinhar as frutas que lhes eram oferecidas. RESULTADOS: Considerando os passos do Arco de Maguerez, na primeira etapa observou-se que uma criança apresentava magreza, 18 encontravam-se eutróficas, 6 com sobrepeso e 4 obesas. Partindo do diagnóstico nutricional, a segunda fase, de priorização dos problemas detectados para o desenvolvimento da EAN, como maus hábitos alimentares e obesidade, objetivou “detectar que questões precisam ser resolvidas na prática social e, em consequência, que conhecimento é necessário dominar” (SAVIANI, 1984). Na terceira fase foram levantados instrumentos teórico-práticos necessários para solucionar os problemas detectados. Na penúltima fase, como hipótese de solução foi proposta a promoção da alimentação saudável, feita na última etapa através da apresentação de desenhos animados em curta-metragem e dinâmicas como “Saudável/Não saudável” e “Adivinhe a fruta”, que abordaram a importância do consumo de alimentos saudáveis através da problematização e conscientização. Estimular a participação ativa dos escolares permite que o conhecimento seja melhor trabalhado, tornando-os parte do processo de aprendizagem. CONCLUSÃO: Com a metodologia adotada, verificou-se na prática da EAN a Metodologia da Problematização, apresentada por Maguerez na forma de um arco. Por considerar a realidade em foco, as ações são específicas e, por isso, têm maior chance de êxito. Destaca-se, portanto, a importância das metodologias ativas de ensino-aprendizagem na formação de profissionais da saúde e na busca pelo autocuidado entre escolares, no intuito de desenvolver maior autonomia e criticidade.
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Referências
IERVOLINO, S. A. Escola Promotora de Saúde: um projeto de qualidade de vida. [Dissertação de Mestrado.] São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da USP, 2000.
SAVIANI, Dermeval. Escola e Democracia. São Paulo: Cortez, 1984.