Incidência de Exames Sugestivos de Trichomonas Vaginalis Segundo Região de Residência no Período Entre Outubro de 2014 e Fevereiro de 2015

Autores

  • Raphaella Ingrid Santana Oliveira Universidade Tiradentes
  • Lumar Lucena Alves Universidade Tiradentes
  • Monique Santana dos Santos Universidade Tiradentes
  • Mylena Martins de Andrade Universidade Tiradentes
  • José Hugo Romão Barbosa Universidade Tiradentes

Palavras-chave:

Doença sexualmente transmissível, Exame Citopatológico Cérvico-Vaginal, Trichomonas vaginalis, Tricomoníase.

Resumo

INTRODUÇÃO: A Tricomoníase é a doença sexualmente transmissível (DST) não viral mais incidente no mundo. Em países em desenvolvimento, mais de 90% dos casos ocorrem em pessoas que vivem em áreas onde há escassez de recursos sanitários de qualidade. Para a detecção desses casos, o exame de Papanicolau torna-se uma importante ferramenta na investigação do Trichomonas vaginalis, o qual é um parasita comensal ao intestino humano. A tricomoníase vaginal determina um fator de risco para outras doenças sexualmente transmissíveis. Além disso, baixo nível educacional a respeito das doenças parasitárias correlaciona com a incidência da transmissão da doença. Apesar do parasita não ser um grande causador de sequelas, a tricomoníase pode apresentar uma grande variedade de manifestações clínicas desde assintomática até um estado de vaginite. OBJETIVOS: Comparar o número total de exames Citopatológico Cérvico-Vaginal e Microflora em relação ao número de casos sugestivos deste protozoário em todas as regiões do Brasil no período entre Outubro de 2014 e Outubro de 2015. Além disso, apresentar possíveis soluções de controle contra esta parasitose e avaliar suas estratégias de prevenção. METODOLOGIA: Constou da coleta de dados fornecidos pelo Sistema de Informações de Controle do Câncer do Colo do Útero (SISCOLO). Os mesmos foram transferidos para o programa Microsoft Excel 2013 onde foram processados e representados em tabelas. RESULTADOS: Foi observado uma irrisória quantidade de infecções por T. vaginalis em todas as regiões do Brasil comparada com o total de exames solicitados no período em estudo. A população submetida a avaliação pelo SISCOLO no período entre Outubro de 2014 e Outubro de 2015 no território brasileiro resultou de 2.004.287 exames Citopatológico Cérvico-Vaginal e Microflora solicitados, sendo o Nordeste representado por 22,93% dos exames. Em exames sugestivos de Trichomonas vaginalis no território brasileiro, a região Nordeste pontuou 38% de casos em relação ao número total. Menos de 1% das pacientes notificadas no SISCOLO no período avaliado apresentou diagnóstico sugestivo de Trichomonas vaginalis, sendo o Sudeste o maior representante dos casos. CONCLUSÃO: Os resultados deste trabalho apresentam uma baixa incidência de contaminação por T. vaginalis em mulheres, o que sugere que a infecção por este protozoário não é muito comum no país ou está sendo controlada no Brasil através de fatores como educação, uso de preservativos, higienização pessoal adequada e utilização de contraceptivos tricomonicidas. Portanto, este estudo permitiu apresentar um debate a respeito desta parasitose no território brasileiro, além de criar uma reflexão sobre a sua associação com outras doenças sexualmente transmissíveis. Apesar de seu baixo índice no Brasil, o controle de sua contaminação e estratégias de prevenção devem permanecer, e estudos sobre a tricomoníase, assintomática e sintomática, associada a outras doenças e novas fontes de transmissão, devem ser ferramentas de futuros estudos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

GUENTHNER, P. C; SECOR, W. E; DEZZUTTI, C. S. Trichomonas vaginalis-induced

epithelial monolayer disruption and human immunodeficiency virus type 1 (HIV-1) replication: implications for the sexual transmission of HIV-1. Infection and Immunity, v. 73, n. 7, p. 4155 – 4160, 2005. DOI: 10.1128/IAI.73.7.4155-4160.2005

KISSINGER, P. Trichomonas vaginalis: a review of epidemiologic, clinical and treatment issues. BMC Infectious Disease, v. 15. n. 307, p. 1 – 8, 2015. DOI 10.1186/s12879-015-1055-0

MACIEL, G. P; TASCA, T; DE CARLI, G. A. Aspectos clínicos, patogênese e diagnóstico de Trichomonas vaginalis. Jornal Brasileiro de Patologia e mEDICINA laboratorial, vol. 40, n. 3, p. 152 – 160, 2004. ISSN 1678-4774.

MCCLELLAND, R. S. et al. Infection with Trichomonas vaginalis Increases the Risk of HIV-1 Acquisition. The Journal of Infectious Diseases, v. 195, n. 5, p. 698 – 702, 2007. DOI: 10.1086/511278

STORTI-FILHO, A. et al. Association of public versus private health care utilization and prevalence of Trichomonas vaginalis in Maringá, Paraná, Brazil. Archives of Gynecology and Obstetrics, v. 280, n.4 p.593 – 597, 2009.

SUTTON, M. et al. Prevalence of Trichomonas vaginalis Infection. Clinical Infectious Disease, v. 45, n. 10, p. 1319 – 1326, 2007. DOI: 10.1086/522532

Downloads

Publicado

2016-11-23

Como Citar

Santana Oliveira, R. I., Lucena Alves, L., Santana dos Santos, M., Martins de Andrade, M., & Romão Barbosa, J. H. (2016). Incidência de Exames Sugestivos de Trichomonas Vaginalis Segundo Região de Residência no Período Entre Outubro de 2014 e Fevereiro de 2015. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3287

Edição

Seção

Resumo - Estética