SINAIS E SINTOMAS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM FUNCIONÁRIOS DE UMA CONSTRUTORA CIVIL
Palavras-chave:
Dort´s, Algias, Saúde do Trabalhador.Resumo
INTRODUÇÃO: Devido à grande concorrência do mercado de trabalho, o trabalhador é submetido a uma jornada de trabalho intensa, por causa desse ritmo a maioria dos indivíduos é cometida por diversos tipos de lesões, sendo os problemas de maior frequência a Lesão por Esforço Repetitivo e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho LER/DORT. OBJETIVO: Esse estudo analisou a prevalência dos sinais e sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho em funcionários da construção civil da cidade de Juazeiro do Norte-Ceará. METODOLOGIA: A pesquisa foi realizada com 30 funcionários da construtora de Juazeiro do Norte, porém dois deles foram excluídos por não estarem dentro dos critérios de inclusão. Foi utilizado o questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares-QNSO, versão adaptada, onde constava de identificação, como idade, massa corporal, estatura, jornada de trabalho, tempo de profissão, principais instrumentos que utiliza na sua prática e sintomas de dor. A pesquisa atendeu os aspectos éticos da resolução 466/2012. RESULTADOS: a construtora é composta de indivíduos adultos, predominantemente do sexo masculino, sendo a amostra da população 100% masculina, com média de idade da amostra de 35,68±10,99 anos, massa corporal de 66,68±7,80 kg, estatura de 1,70±7,46 metros, jornada de trabalho de mais ou menos 45 horas semanais. Verificou-se que 37% dos entrevistados, ou seja, 10 indivíduos relataram ter sentido dor, fadiga ou algum tipo de desconforto nos últimos sete dias. Enquanto 17 destes (63%) não relataram nenhum tipo de algia. E a maioria dos trabalhadores (77,8%) não necessitaram se ausentar do trabalho. Quanto a queixa mais comum de dor foi a região lombar (37,03%), com algumas reclamações em punhos (25,92%), região dorsal (14,81%), ombros (14,81%), pernas e cotovelos com 3,70% cada um. A função mais desempenhada é a de pedreiro, ou seja, 11 (40,4%) trabalhadores e o principal instrumento é a colher. Em segundo lugar é a de servente com 9 indivíduos (33,3%). CONCLUSÃO A queixa mais comum de dor foi na região lombar (37,03%), a função mais desempenhada é a de pedreiro, sendo que 10 indivíduos relataram ter sentido dor, fadiga ou algum tipo de desconforto nos últimos sete dias. Assim, sugere-se que seja realizada uma pesquisa com amostra maior, que inclua indivíduos de ambos os sexos e que seja observada a postura adotada por cada profissional desempenhada na construção civil e que sejam feitos orientações a estes trabalhadores, assim, evitando ou retardando o aparecimento de Dort´s.Downloads
Referências
BARCELOS, M. A. das N. A Análise Ergonômica do Trabalho como Ferramenta para a Elaboração e Desenvolvimento de Programas de Treinamento. Dissertação de Engenharia de Produção, Florianópolis, 1997.
DIESEL, L.; FLEIG, T. C.; GODOY, L. P. Caracterização das doenças profissionais na atividade de construção civil de Santa Maria –RS, In: XXI Encontro Nacional de Engenharia de Produção. 6 p. Anais... CD Rom. Salvador: BA, 2001.
MOREIRA, T. R. et al. Educação nutricional com o trabalhador: ainda um desafio para o nutricionista. São Paulo, SP, 2007.
SERRANHEIRA, F. et al. Auto-referência de sintomas de lesões músculo-esqueléticas ligadas ao trabalho numa grande empresa em Portugal. Revista Portuguesa de Saúde Pública. V.21, n.2, p. 37-47, jul-dez, 2003.
TAKAHASHI, M. A. B. C. Programa de reabilitação profissional para trabalhadores com incapacidades por LER/DORT: relato de experiência do Cerest–Piracicaba, SP. Rev. bras. Saúde ocup., São Paulo, 35 (121): 100-111, 2010.
VICENTINI, E. R. N. Lesões por esforços repetitivos x construção civil. Artigo Cesumar - Centro de Ensino Superior de Maringá, 2005.
XAVIER, A. A. de P.; MICHALOSKI, A. O.; SAAD, V. L. Avaliação da existência de Dort de membros superiores através de testes musculares específicos e relatos de dor em pedreiros na tarefa do assentamento de tijolos. Revista Gestão Industrial. Paraná – Brasil, v. 05, n. 04: p. 115-129, 2009.