ASSOCIAÇÃO ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DO AMBULATÓRIO UNIVERSITÁRIO EM ARACAJU – SE.

Autores

  • Hisys Ravelly Souza Universidade Federal de Sergipe
  • Marcia Ferreira Cândido de Souza Hospital Universitário de Sergipe
  • Marcia Maria macedo Lima Hospital Universitário de Sergipe

Palavras-chave:

Variáveis sociodemograficas, Antropometria, Renda, Escolaridade.

Resumo

INTRODUÇÃO A antropometria se mostra uma alternativa interessante na avaliação da gordura central, devido a uma série de vantagens que a apontam como o método de maior aplicabilidade, encorajando uma parcela cada vez maior de profissionais a recorrerem a seus procedimentos, tanto na prática clínica quanto em pesquisas científicas. Devido ao baixo custo, inocuidade, simplicidade de utilização e interpretação que as medidas antropométricas apresentam, tem servido como indicadores de risco para doenças não transmissíveis. (MACHADO,2013). Segundo Salomão (2013), evidências apontam para a importância dos determinantes sociais na diminuição do risco em desenvolver doenças, especialmente naquelas influenciada diretamente por condições de moradia e influências alimentares. Dessa forma, o presente estudo objetivou investigar a existência de associação entre o diagnostico nutricional por meio da antropometria e as variáveis socioeconômicas. OBJETIVOS O objetivo do trabalho foi identificar perfis relacionando indicadores antropométricos e sociodemográficos, visando uma melhor compreensão da associação entre essas variáveis para a prática profissional do nutricionista. MÉTODOS Foi realizada uma pesquisa exploratória de corte transversal envolvendo 459 pacientes atendidos no Ambulatório do Hospital Universitário de Sergipe (HU), Aracaju - SE, no período entre Agosto de 2015 e Agosto de 2016. Foram incluídas no estudo pessoas adultas, de ambos os sexos, atendidos nos diversos serviços de saúde do Ambulatório. Os critérios de não inclusão foram: apresentar diagnóstico de transtorno mental ou outra morbidade que inviabilizasse a aplicação do questionário ou da avaliação antropométrica. Esse projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe- HU/UFS (protocolo: 16895213.5.0000.5546) e todos os participantes foram esclarecidos quanto aos objetivos e procedimentos da pesquisa. Os participantes responderam um questionário com questões sociodemográficas, como idade, sexo, escolaridade e renda salarial. A avaliação antropométrica foi composta pelo Índice de Massa Corporal (IMC) e pela Circunferência da Cintura (CC). Para o cálculo do IMC foi feita a aferição do peso, utilizando balança digital, e da estatura, aferida com auxílio de um estadiômetro, com os pacientes descalços em posição ortostática. A classificação do IMC e da CC foi realizada conforme recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS, 1998). A CC foi aferida com fita métrica inelástica no ponto médio entre a crista ilíaca e última costela. Os dados foram compilados no software SPSS versão 18.0. Os resultados foram expressos como média ± desvio padrão e percentual. RESULTADOS A idade média dos participantes foi 59,11±12,36 anos, sendo a maioria do sexo feminino (74,7%). Os resultados mostraram que a maior parte dos participantes estava com sobrepeso (40,4%) e apresentando risco muito elevado para complicações metabólicas relacionadas a obesidade (42,3%), conforme a CC. As análises entre os dados antropométricos e sociodemográficos revelaram uma associação entre a renda salarial e o nutricional, em ambos os sexos. A maior parte dos participantes com renda de 01 a 03 salários mínimos estavam obesos, de acordo com o IMC (30,86±8,47) e apresentou CC elevada (99,41±14,75). Com relação à associação entre os indicadores antropométricos e a escolaridade foi observado que os de níveis mais baixos de aprendizagem e frequência escolar se distribuíram entre as classificações de sobrepeso e obesidade, bem como risco elevado ou muito elevado para complicações metabólicas relacionadas à obesidade. CONCLUSÃO Com base nesses achados pode-se concluir a importância em associar variáveis na avaliação nutricional buscando gerar resultados mais precisos e, assim, propiciar condutas mais eficazes na prática do nutricionista.

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Biografia do Autor

Hisys Ravelly Souza, Universidade Federal de Sergipe

Nurição Clinica

Marcia Ferreira Cândido de Souza, Hospital Universitário de Sergipe

Nutrição Clinica

Marcia Maria macedo Lima, Hospital Universitário de Sergipe

Nutrição Clinica

Referências

REFERÊNCIAS

MACHADO, Soraia Pinheiro et al. Correlação entre o índice de massa corporal e indicadores antropométricos de obesidade abdominal em portadores de diabetes mellitus tipo 2. Revista Brasileira em Promoção da Saúde, v. 25, n. 4, p. 512-520, 2013.

Organização Mundial da Saúde. Obesity: prevention and management of the global epidemic. The WHO consultation on obesity. Geneve 1998:3-5.

SALOMÃO, Cristilene Batista et al. Fatores associados a hipertensão arterial em usuários de serviço de promoção à saúde. Revista Mineira de Enfermagem, v. 17, n. 1, p. 33-46, 2013.

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Souza, H. R., Cândido de Souza, M. F., & macedo Lima, M. M. (2016). ASSOCIAÇÃO ENTRE INDICADORES ANTROPOMÉTRICOS E DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS DE PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS DO AMBULATÓRIO UNIVERSITÁRIO EM ARACAJU – SE. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3283

Edição

Seção

Resumo - Nutrição