PREVALÊNCIA DO COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO EM ADOLESCENTES BRASILEIROS: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Palavras-chave:
Estilo de vida sedentário, Adolescentes, BrasilResumo
INTRODUÇÃO: O comportamento sedentário é conceituado por um conjunto de atividades que apresentam um gasto energético próximo aos valores de repouso/basal, que ocorrem com o corpo na posição sentada ou reclinada (PATE; O’NEILL; LOBELO, 2008), incluindo atividades como assistir TV, utilizar o computador, jogar videogame, ficar à toa conversando com os amigos, falando ao telefone, dentre outras atividades similares (MENEGUCI et al., 2015; OWEN, 2010; PATE; O’NEILL; LOBELO, 2008; TREMBLAY et al., 2011). No Brasil, diversos estudos epidemiológicos foram conduzidos para estimar a prevalência de exposição a comportamento sedentário em adolescentes. Esses estudos têm sido usualmente representados pela exposição aos aparelhos de tela, que compreendem as medidas (unificadas ou distintas) do tempo de exposição à TV, videogame, tablets, Smarphones e computador (GUERRA; FARIAS JÚNIOR; FLORINDO, 2016). OBJETIVO: Verificar as taxas de prevalência de comportamento sedentário em adolescentes brasileiros. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática conduzida entre os meses de abril e junho de 2016 com objetivo de reunir uma síntese de artigos que observaram a exposição a comportamentos sedentários em adolescentes brasileiros. Onde foram efetuadas buscas nas bases de dados eletrônicas PubMed, Web of Science, Scopus e SciELO. Para a busca dos artigos científicos utilizou-se os seguintes descritores e termos em inglês: “Sedentary lifestyle”; “Sedentary behavior”; “Screen time”; “Adolescents”; “Brazil”; “Brazilian”. Os mesmos termos também foram pesquisados em português. Utilizou-se os operadores lógicos “AND”, “OR” e “AND NOT” para combinação dos descritores e termos utilizados para rastreamento das publicações. O processo de análise dos estudos envolveu leitura de títulos, resumos e textos completos. Foram incluídos estudos observacionais com adolescentes desenvolvidos no Brasil, que apresentaram as taxas de prevalência de exposição ao comportamento sedentário. RESULTADOS: Dos 351 artigos recuperados nas buscas, 26 artigos atenderam aos critérios de inclusão e compuseram a síntese descritiva. Desses houve grande concentração dos estudos na região Nordeste (n=12 – 46%) e as taxas de prevalência de exposição ao comportamento sedentário variaram de 19,7% a 90%. CONCLUSÃO: Os achados da presente revisão mostram uma ampla variabilidade com relação às taxas de prevalência do comportamento sedentário em estudos com adolescentes brasileiros.Downloads
Referências
GUERRA, P. H.; FARIAS JÚNIOR, J. C. DE; FLORINDO, A. A. Sedentary behavior in Brazilian children and adolescents: a systematic review. Revista de Saúde Pública, v. 50, p. 1–15, 2016.
MENEGUCI, J. et al. Comportamento sedentário : conceito , implicações fisiológicas e os procedimentos de avaliação. Motricidade, v. 11, p. 160–174, 2015.
OWEN, N. E. AL. Too Much Sitting: The Population-Health Science of Sedentary Behavior. Ex Sports Sci Revires, v. 38, n. 3, p. 105–113, 2010.
PATE, R. R.; O’NEILL, J. R.; LOBELO, F. The evolving definition of “sedentary”. Exercise and sport sciences reviews, v. 36, n. 4, p. 173–178, 2008.
PEARSON, N.; BIDDLE, S. J. H. Sedentary behavior and dietary intake in children, adolescents, and adults: A systematic review. American Journal of Preventive Medicine, v. 41, n. 2, p. 178–188, 2011.
TREMBLAY, M. et al. Systematic review of sedentary behaviour and health indicators in school-aged children and youth. International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity, v. 8, n. 1, p. 98–119, 2011.