COMPARAÇÃO DE INDICADORES PREDITORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS EM PACIENTES ATIVOS E INATIVOS ACOMPANHADOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO

Autores

  • Ticiane Munareto Lima Hospital Universitário de Sergipe- HU/UFS
  • LARISSA DE OLIVEIRA
  • LARISSA MONTEIRO
  • REBECA DE ALMEIDA
  • MÁRCIA DE SOUZA

Palavras-chave:

Atividade física, Avaliação Nutricional, Doenças cardiovasculares

Resumo

INTRODUÇÃO: Dentre os fatores de risco para o desenvolvimento das doenças crônicas, destaca-se o sedentarismo. A OMS aponta a inatividade física como responsável por 3,2 milhões de mortes por ano, ocupando a quarta posição dentre os fatores. De forma contrária, a prática regular de atividade física e atividades rotineiras como uma simples caminhada diária superior a 30 minutos e subir escadas, tanto de natureza ocupacional ou de lazer podem resultar na proteção cardiovascular e trazerem benefícios à saúde. OBJETIVOS: Comparar os indicadores antropométricos, bioquímicos em pacientes ativos e inativos atendidos em um ambulatório de nutrição. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal, com pacientes adultos e idosos, de ambos os gêneros, em primeira consulta à um ambulatório de nutrição. Foram coletados dados antropométricos de circunferência abdominal (CA) e circunferência do pescoço (CP), peso (kg) e altura (m) para a avaliação nutricional, sendo os dois últimos utilizados para o cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC) que foi classificado de acordo com os pontos de corte estabelecidos pela OMS. Dados bioquímicos (colesterol total e frações, triglicerídeos e glicemia de jejum), nível de atividade física, presença de fatores de risco como Diabetes, Hipertensão, hábitos de etilismo e tabagismo e nível de atividade física também foram verificados. O nível de atividade física foi avaliado por meio do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ) forma curta. Considerou-se a classificação da OMS para determinar indivíduos ativos (> 75 minutos semanais de atividade vigorosa) e não ativos (≤ 75 minutos semanais de atividade vigorosa). CAAE: 45758915.5.0000.5546 RESULTADOS: A população foi composta por 31 indivíduos com média de idade de 45,81 ± 12,52 anos, sendo a maioria (87,1%) do gênero feminino. Foram classificados como ativos 51,6% da população, 9,7% eram etilistas, 12,9% eram tabagistas, 9,7% possuíam Diabeles Mellitus tipo 2, 58,1% possuíam Hipertensão Arterial Sistêmica e 98,5% excesso de peso. As variáveis de excesso de peso, CC elevada, CP elevada, colesterol total, LDL, HDL e triglicerídeos foram mais prevalentes no grupo considerado como inativo (48,39%; 48,39%; 41,16%; 29%; 41,94%; 38,71%. 32,26% respectivamente). Foi observado, comparando o grupo de paciente ativos e inativos, que as variáveis antropométricas IMC (p=0,53), CC (p=0,80), CP (p=0,32) e as variáveis bioquímicas Colesterol total (p=0,13), LDL-c (p=0,38), HDL-c (p=0,06), TGL (p=0,08) e Glicemia de jejum (p=0,2) não apresentaram diferença significativa entre os dois grupos. CONCLUSÃO: Apesar da maioria das variáveis preditoras para o desenvolvimento de doenças crônicas apresentarem maior prevalência no grupo de inativos, não houve diferença significativa entre todos os preditores entre os dois grupos de indivíduos ativos e não ativos.

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Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Lima, T. M., DE OLIVEIRA, L., MONTEIRO, L., DE ALMEIDA, R., & DE SOUZA, M. (2016). COMPARAÇÃO DE INDICADORES PREDITORES DE RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS EM PACIENTES ATIVOS E INATIVOS ACOMPANHADOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3225

Edição

Seção

Resumo - Nutrição