EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO TRADICIONAL E TREINAMENTO FUNCIONAL NA FORÇA ISOMÉTRICA LOMBAR DE IDOSAS SEDENTÁRIAS

Autores

  • Eduardo Rodrigo Oliveira Rocha Universidade Federal de Sergipe
  • Leury Max da Silva Chaves Universidade Federal de Sergipe
  • José Carlos Aragão Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Marta Silva Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Marzo Edir da Silva Grigoletto Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

envelhecimento, dor lombar, condicionamento

Resumo

INTRODUÇÃO: Devido a fatores multivariados, o processo natural de envelhecimento ocasiona a perda de força de forma generalizada no ser humano. Algumas das musculaturas que mais sofrem com essa perda são as localizadas na região lombar (zona média), a exemplo das responsáveis pela extensão do quadril. Sabe-se que é necessário o fortalecimento dessa região com o intuito de amenizar e prevenir os efeitos deletérios do envelhecimento, dentre eles os relacionados com a saúde da coluna (i.e.: lombalgias). Das estratégias utilizadas para atenuar os efeitos do envelhecimento, o exercício físico tem se mostrado bastante eficaz. Nessa perspectiva, acredita-se que o treinamento funcional proporcionaria um maior fortalecimento da zona média. Essa hipótese baseia-se no fato de um dos princípios do treinamento funcional ser a utilização de exercícios multiplanares. Por outro lado, o treinamento resistido tradicional possibilita a ativação quase que isolada de determinada musculatura. Porém, o fato da contração ser realizado em um único plano poderia ocasionar uma menor ativação da musculatura extensora do quadril. Entretanto, não encontra-se claro com que magnitude ambas as propostas de treinamento podem influenciar nos ganhos de força lombar em idosos. OBJETIVO: Comparar os efeitos do treinamento funcional versus treinamento resistido tradicional na força isométrica lombar de idosas sedentárias. MÉTODOS: Participaram da amostra 44 idosas sedentárias, com idades entre 55 e 70 anos, divididas de forma aleatória em três grupos distintos: treinamento funcional (TF-18), treinamento resistido tradicional (TR-15) e grupo controle (GC-11). O grupo GC realizou apenas 50’ de alongamentos e práticas de relaxamento; ambos, TR e TF iniciaram a sessão com 5’ de mobilidade articular e encerraram com 10’ de atividades intervaladas de alta intensidade. A parte principal da sessão do grupo TR constou de: 15’ de ginástica aeróbica e 30’ de treinamento resistido em máquinas. Para o TF, foram realizados dois circuitos de treinamento multiarticular. A intervenção durou 12 semanas e a coleta de dados foi realizada em três momentos distintos: antes, durante (pós-8) e após (pós-12) a intervenção. A avaliação da força isométrica máxima de contração dos músculos lombares foi realizada através do Isometric Deadlift Test. Os dados foram descritos em média e desvio padrão. Para a comparação de médias foi utilizada uma ANOVA 3x3 com pós hoc test de Bonferroni, significância adotada de p≤0,05. RESULTADOS: Os resultados obtidos revelaram que após a intervenção de 12 semanas apenas o grupo que realizou o treinamento funcional apresentou melhora significativa ao longo do tempo (Pós-8: p=0,002; Pós-12: p=0,001). Ao comparar momento pós-8 e pós-12, apenas o grupo TF apresentou resultado estatisticamente significativo (p=0,012). Quando comparado com o GC (análise intergrupo), apenas o grupo TF apresentou melhoras significativas (p=0,041). Não houve melhora intragrupo significativa em nenhum dos momentos avaliados nas idosas que realizaram o treinamento tradicional de força ou que participaram do grupo controle. CONCLUSÃO: De acordo com a metodologia aplicada e as condições de análise, nota-se que o treinamento funcional aparenta ser mais eficaz na melhora da força isométrica dos extensores do quadril de idosas sedentárias em comparação ao treinamento de força tradicional.

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Biografia do Autor

Eduardo Rodrigo Oliveira Rocha, Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Educação Física

Leury Max da Silva Chaves, Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Educação Física

José Carlos Aragão Santos, Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Educação Física

Marta Silva Santos, Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Educação Física

Marzo Edir da Silva Grigoletto, Universidade Federal de Sergipe

Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Departamento de Educação Física

Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Rocha, E. R. O., Chaves, L. M. da S., Santos, J. C. A., Santos, M. S., & Grigoletto, M. E. da S. (2016). EFEITOS DO TREINAMENTO RESISTIDO TRADICIONAL E TREINAMENTO FUNCIONAL NA FORÇA ISOMÉTRICA LOMBAR DE IDOSAS SEDENTÁRIAS. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3200

Edição

Seção

Resumo - Educação Física