MELHORIA DA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR APÓS TREINAMENTO CIRCUITADO DE 12 SEMANAS EM IDOSAS
Palavras-chave:
Educação Física e Treinamento, Idoso Fragilizado, Exercícios em Circuitos, Caminhada.Resumo
INTRODUÇÃO: Um dos grandes influenciadores dos níveis pressóricos é o excesso de peso. O significante aumento em ambos os sexos desse excesso de peso registrado pela Pesquisa de Orçamento Familiar, afirma que em menos de 10 anos mais de 2/3 da população adulta estará acima do peso ideal. Nota-se uma preocupação crescente em descobrir instrumentos que controlem a hipertensão arterial. Para todos os hipertensos, os potenciais benefícios de uma dieta saudável, controle de peso e prática regular de exercícios não podem ser subestimadas. Esse tratamento baseado na mudança de estilo de vida tem o potencial de melhorar o controle da pressão arterial e até mesmo reduzir o tratamento medicamentoso. Dentre a terapia não medicamentosa de redução da pressão arterial, destaca-se a redução do índice de massa corpórea com melhora no índice de gordura, diminuição, por conseguinte, da circunferência abdominal e aumento de massa magra; controle da dieta e prática de exercício físico. A aplicação do treinamento circuitado mais a adição de cargas com uma máxima relação trabalho/descanso tem mostrado na literatura ser uma estratégia interessante a fim de se obter ganhos cardiovasculares, aumento da capacidade funcional em idosos e consequentemente melhoria na qualidade de vida. OBJETIVO: Investigar o efeito de 12 semanas do treinamento circuitado nos parâmetros preditivos de função cardiovascular e de qualidade de vida em idosas. METODOLOGIA: O presente estudo é caracterizado como um ensaio clínico randomizado. A amostra foi composta por 44 idosas que foram distribuídas em três grupos diferentes: Treinamento funcional (TF: n=18), Treinamento tradicional (TT: n=15) e Grupo Controle (GC: n=11). Registraram-se as associações entre os dados antropométricos e as repercussões cardiovasculares e de qualidade de vida das idosas - Índice de Massa Corpórea (IMC), Relação Cintura-Quadril (RCQ), Qualidade do Movimento (FMS), Teste de Caminhada de 6 minutos (TC6) e Qualidade de Vida (QV). Os dados descritivos foram analisados com média e desvio padrão e para análise estatística adotou-se um p de significância < 0,05 com o método da Correlação de Pearson para verificar o grau de dependência entre as variáveis. RESULTADOS: Ao final das 12 semanas de treinamento circuitado foram observados achados positivos do estudo: IMC (29,20±5,31), RCQ (0,87±0,08), FMS (10,84±1,99), TC6 (572,50±47,72), QV (100,75±12,2). As relações: (IMC e RCQ: p=0,03; IMC e FMS: p=0,00; IMC e TC6: p=0,02; IMC e QV: p=0,40; RCQ e FMS: p=0,02; RCQ e TC6: p=0,35; RCQ e QV: p=0,21). CONCLUSÃO: A partir dos dados obtidos houve uma correlação inversamente proporcional positiva entre os dados antropométricos e as outras variáveis que são fatores preditivos de funcionalidade e de capacidade cardiovascular em idosos.Downloads
Referências
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