EFEITO DE 12 SEMANAS DE TREINAMENTO FUNCIONAL E TREINAMENTO TRADICIONAL NA CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIA DE IDOSAS.

Autores

  • Marzo Edir da Silva-Grigoletto Universidade Federal de Sergipe
  • Antonio Gomes de Resende Neto Universidade Federal de Sergipe
  • Maria de Lurdes Feitosa Neta Universidade Federal de Sergipe
  • Leury Max da Silva Chaves Universidade Federal de Sergipe
  • Leandro Henrique Albuquerque Brandão Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Envelhecimento, Atividades diárias, Qualidade de vida.

Resumo

INTRODUÇÃO: A capacidade cardiorrespiratória é afetada diretamente com o acometimento de fatores de risco para doenças cardiovasculares. Além disso, ela pode funcionar também como indicador preditivo para essas doenças. O sedentarismo é um dos principais motivos para a diminuição dessa capacidade física, que pode ser melhorada a partir de diversos protocolos de exercício. Sob essa perspectiva, o treinamento tradicional e treinamento funcional têm sido sugeridos como formas de minimizar déficits cardiorrespiratórios e diminuir assim os riscos para esses tipos de doenças. OBJETIVO: Comparar os efeitos de 12 semanas de treinamento tradicional e funcional na capacidade cardiorrespiratória de idosas. METODOLOGIA: Quarenta e quatro idosas, após passarem por uma avaliação médica, participaram deste estudo. Inicialmente, foi realizada uma randomização em bloco para a divisão dos três grupos: treinamento funcional (TF: n=18, 65,6 ± 5,4 anos e 29,0 ± 4,9kg/cm2), treinamento tradicional (TT: n=15, 65,6 ± 5,1 anos e 28,5 ± 5,5kg/cm2) e grupo controle (GC: n=11, 62,5 ± 3,0 anos e 30,4 ± 5,9kg/cm2). Cada sessão de treinamento era fragmentada em 4 blocos com duração total de 60 minutos. Nos 5 minutos iniciais eram realizadas tarefas de mobilidade articular e ativação muscular. Os 15 minutos seguintes para TF era composto de atividades com caráter coordenativo, de agilidade, velocidade e potência muscular, diferente de TT, que realizavam uma caminhada com mudança de direção. Para ambos os grupos experimentais os 25 minutos subsequentes foram destinados à força muscular, no qual eram realizados exercícios nos padrões de puxar, agachar e empurrar. A sessão era finalizada com atividades de caráter cardiometabólico, realizadas a alta intensidade e de forma intermitente. O GC realizou apenas tarefas cognitivas, alongamentos e relaxamento. A capacidade cardiorrespiratória foi mensurada através do teste de seis minutos. Os dados foram expressos em média e desvio padrão. A comparação de médias foi realizada a partir da ANOVA 3 (grupo) x 2 (tempo) com post hoc test de Sidak para verificar a diferença entre os grupos. Foi calculado o Effect Size (ES) e foi considerado p≤0,05 para significância estatística. RESULTADOS: Após o período de treinamento, em comparação ao pré-teste, TF apresentou uma melhora estatisticamente significativa (Pré = 528,8±40,5m, Pós = 594,3±41,4m, ∆% = 7,4%, ES = 1,49, P≤0,05). Já o grupo TT não obteve diferença estatisticamente significativa na mesma comparação (Pré = 533,9±48,7m, Pós = 563,4±51,1m, ∆%=2,1% e ES = 0,605, P>0,05). Quando comparado a TF, TT não apresentou diferença estatisticamente significante (P=0,101). Em confronto com grupo controle, apenas TF teve diferença estatisticamente significativa (Pós TF: 594,3±41,4m vs Pós GC: 549,4±40,7m d = 1,103 p = 0,048; Pós TT: 563,4±51,1m vs Pós GC: 549,4±40,7m d = 0,343 p = 0,945). CONCLUSÃO: Tendo em vista a amostra e as condições analisadas, TF apresenta uma maior magnitude no incremento da capacidade cardiorrespiratória que TT após um período de treinamento de 12 semanas.

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Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

da Silva-Grigoletto, M. E., de Resende Neto, A. G., Feitosa Neta, M. de L., da Silva Chaves, L. M., & Brandão, L. H. A. (2016). EFEITO DE 12 SEMANAS DE TREINAMENTO FUNCIONAL E TREINAMENTO TRADICIONAL NA CAPACIDADE CARDIORRESPIRATÓRIA DE IDOSAS. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3154

Edição

Seção

Resumo - Educação Física