INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EDUCATIVA ENTRE MULHERES MENOPAUSADAS ATIVAS: ANÁLISE QUALITATIVA DA DIETA

Autores

  • Ana Catarina Meneses Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Luana Edla Lima Universidade Federal de Sergipe
  • JAMILLE MENDONÇA REINALDO Universidade Federal de Sergipe
  • JAMYLLE ARAÚJO ALMEIDA Universidade Federal de Sergipe
  • RAQUEL SIMÕES MENDES NETTO Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Educação nutricional, Idoso, Consumo alimentar,

Resumo

INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população é um fenômeno que acontece em todo o mundo. No Brasil, em 2011, a população acima de 60 era de 20,5 milhões, o equivalente a 10,8% da população total. (KÜCHEMANN, 2012). As doenças cardiovasculares (DCV) são consideradas a principal causa de morte e incapacidade em idosos (SANTOS e PAES, 2014). A alimentação saudável tem importante impacto na prevenção e tratamento destas doenças, assim como pequenas melhorias também trazem relevantes benefícios na diminuição do risco cardiovascular (LICHTENSTEIN, 2006). OBJETIVO: Avaliar se a adesão completa a um programa de educação nutricional influenciou a qualidade da dieta. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quase-experimental, realizado com 22 mulheres menopausadas, participantes do projeto +ViverUFS. Foram realizadas 3 sessões de treinamento semanais e 3 intervenções de educação nutricional, com encontro mensal durante 12 semanas, onde foi abordado os grupos da pirâmide alimentar, ingestão hídrica, quantidade de açúcar e sal dos alimentos e substituições por alimentos mais saudáveis considerando o custo financeiro. Pertencem ao grupo adesão completa (AC, n=12) aquelas que compareceram a todas as intervenções e adesão incompleta (AI, n=10) aquelas que perderam 1 ou 2 intervenções. O consumo alimentar foi medido por meio de 2 recordatórios de 24 horas, um antes e outro após as intervenções. Para a análise da qualidade da dieta utilizou a metodologia (FBCE), proposto por Lennernas e Andersson (1999) e adaptado para o padrão alimentar brasileiro por Assis et al. (2003). Foi aplicado análise descritiva e o teste Qui-quadrado de Pearson para comparação dos grupos. Considerou-se diferença estatística p<0,05. RESULTADO: A população estudada apresenta média de 65 anos, 68% apresentam fundamental incompleto, 86% usavam algum tipo de medicamento, sendo o mais frequente os anti-hipertensivos (45%) e 60% estavam com sobrepeso. Quanto à alimentação, no desjejum foi observado que 11% das mulheres do grupo AI tiveram um consumo significativamente menor de frutas e/ou vegetais (grupo C) em relação as que tiveram AC (54%) (p=0,04). Apesar disso, na ceia foi observado que o grupo AI consumiu significativamente mais frutas e/ou vegetais que o grupo de AC (p=0,08) após a intervenção. No entanto, é importante destacar que apenas 30% realizou esta refeição, devido ao incentivo do jejum no dia anterior a avaliação. Também foi observado a redução da presença dos grupos D (pastries), E (doces) e F (bebidas alcoólicas), que apresentaram respectivamente antes da intervenção no almoço (9,5%), ceia (30,8%) e colação (23,5%), os quais não foram citados após a intervenção, independente do grupo de adesão. CONCLUSÃO: Apesar de não terem consumido frutas na ceia, a intervenção contribuiu para um consumo significativamente maior de frutas no café da manhã para o grupo de AC. Porém, independentemente da adesão, a intervenção contribuiu para a redução do consumo de pastries, doces e bebidas alcoólicas, indicando que a educação alimentar e nutricional pode melhorar a qualidade da alimentação.

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Biografia do Autor

Ana Catarina Meneses Santos, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Nutrição

Luana Edla Lima, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Nutrição

JAMILLE MENDONÇA REINALDO, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Nutrição

JAMYLLE ARAÚJO ALMEIDA, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Nutrição

RAQUEL SIMÕES MENDES NETTO, Universidade Federal de Sergipe

Departamento de Nutrição

Referências

ASSIS, M. A. A.; NAHAS, M. V.; BELLISLE, F. et al. Meals, snacks and food choices in Brazilian shift workers with high energy expenditure. Journal of Human Nutrition and Dietetics, v.16, p.283–289, agosto. 2003.

KÜCHEMANN, B. A. Envelhecimento populacional, cuidado e cidadania: velhos dilemas e novos desafios. Sociedade e Estado, Brasília, v.27, n.1, p.165-180. 2012.

LENNERNAS, M.; ANDERSSON, I. Food-based Classification of Eating Episodes (FBCE). Appetite, Sweden v.32, p.53–65. 1999.

LICHTENSTEIN, A.H. et al. Diet and Lifestyle Recommendations Revision 2006 A Scientific Statement From the American Heart Association Nutrition Committee. American Heart Association Scientific Statement, Dallas, v.114, n.1, p.82-96, 2006.

SANTOS, J.P.; PAES, N.A. Association between life conditions and vulnerability with mortality from cardiovascular diseases in elderly men of Northeast Brazil. Revista Brasileira de Epidemiologia, São Paulo, v.17, n.2, p.407-420. 2014.

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Santos, A. C. M., Lima, L. E., REINALDO, J. M., ALMEIDA, J. A., & NETTO, R. S. M. (2016). INTERVENÇÃO NUTRICIONAL EDUCATIVA ENTRE MULHERES MENOPAUSADAS ATIVAS: ANÁLISE QUALITATIVA DA DIETA. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3137

Edição

Seção

Resumo - Nutrição