NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS, SUBMETIDOS AO TRATAMENTO HEMODIALÍTICO NA CIDADE DE ARACAJU
Palavras-chave:
Exercício físico, saúde, qualidade de vida.Resumo
INTRODUÇÃO: Nos dias atuais, a conceito de qualidade de vida tornou-se muito importante para a população mundial de forma geral. Esse conceito vem de um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos que o controle de sintomas, a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida (VASCONCELOS et al., 2012). Segundo alguns estudos a atividade física contribui de forma positiva para a saúde, melhorando a qualidade de vida do indivíduo, diminuindo o sedentarismo e as doenças hipocinéticas (SAMULSKI e NOCE, 2012). OBJETIVO: Analisar a qualidade de vida e o nível de atividade física entre pacientes submetidos a HD em uma clínica da Cidade de Aracaju – Se. METODOLOGIA: O estudo foi desenvolvido durante o mês de setembro de 2014, a amostra foi composta por 80 pessoas (45 homens e 35 mulheres), com classificação etária de 26 pessoas entre 20 a 39 anos (11 homens e 15 mulheres), 34 entre 40 a 59 anos (20 homens e 14 mulheres) e 20 acima de 60 anos (14 homens e 6 mulheres), acometidos de IRC, em tratamento na Nefroclínica, na cidade de Aracaju-SE. Para tal analise se fez valer o uso do questionário KDQOL (Kidney Diseaseand Quality-of-Life Short Form), cuja ferramenta é um instrumento específico que avalia a doença renal crônica terminal, aplicável a pacientes que realizam algum programa dialítico. Também se utilizou do Short Form Health Survey (SF-36), cujo questionário é o mais completo disponível atualmente para avaliar qualidade de vida dos IRC e por fim se fez valer o uso do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão curta, semana usual, validada no Brasil. RESULTADOS: No corresponde aos problemas físicos e sintomas ocasionados pela IRC e podemos notar que uma proporção considerável da amostra (71,52 ± 17,51) relatou algum sintoma relacionado a IRC e que nos homens tais sintomas foi relatado com maior frequência que nas mulheres (66,65 ± 22,09). Sobre o efeito da doença renal apresentou uma média com um valor não muito elevado tanto para homens (61,91 ± 21,09) quanto para mulheres (68,30 ± 20,76), o que nos leva a crer que pelo fato da grande maioria da amostra já conviver com o IRC há muitos anos tais efeitos não afetem tanto o cotidiano dessas pessoas. Quanto a qualidade de interação social, os homens (82,07 ± 22,06) e mulheres (74,29 ± 26,23) reportaram que a IRC afeta a qualidade de interação social, em parte pela própria limitação sintomática que a doença causa, em parte pelo tratamento de hemodiálise que demanda tempo do paciente e em parte pela própria reclusão do mesmo devido ao seu estado físico e psicológico. CONCLUSÃO: Por fim os indivíduos aqui estudados apresentam baixo nível de qualidade de vida, bem como também se encontram com níveis de atividade física insatisfatória. É importante ressaltar que dentro dos aspectos que compões a qualidade de vida, o mais afetado pela IRC foi o aspecto físico que está diretamente ligado a vitalidade.Downloads
Referências
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Vasconcelos, Edelvan Rocha, et al. NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA HABITUAL DOS ESTUDANTES DO CURSO DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DA FUNORTE. Coleção Pesquisa em Educação Física - Vol.11, n.3, 2012.