COMPORTAMENTO DA PRESSÃO ARTERIAL PRÉ E PÓS-EXERCÍCIO SOB DIFERENTES TIPOS DE HIDRATAÇÃO
Palavras-chave:
Exercício físico, pressão arterial, saúde.Resumo
INTRODUÇÃO: A hidratação pré ou pós-exercício é uma prática corriqueira, já que a desidratação pode trazer efeitos agressivos ao organismo, como a queda do rendimento (OLIVEIRA et al., 2012; MORENO et al., 2012). Assim, uma perda exacerbada de líquido corporal pode causar desidratação, complicações na saúde de praticantes de atividade física, sendo prioritários a regulação e monitoramento de ingestão de líquidos antes, durante e após os exercícios (GOMES, 2014). OBJETIVO: Analisar a influência de diferentes tipos de hidratação na pressão arterial após exercício de intensidade moderada. METODOLOGIA: No procedimento participaram do estudo 10 indivíduos com idade 34 ± 0,6 anos, altura 1,8 ± 0,1cm, massa corporal 84,3 ± 12,8 kg, realizadas no laboratório de Biociência da Motricidade Humana– LABIMH, localizado na Universidade Tiradentes – UNIT. Foram feitas: Medidas antropométricas (Peso e altura); Coleta da urina; Registro da frequência cardíaca FC de repouso; O teste se inicia com o acréscimo de 25W a cada 2 minutos e segue até que ocorra uma exaustão relatada pelo colaborador que estiver fazendo o teste. Após o primeiro teste incremental foi realizada a sessão sem hidratação (GC), onde 2 horas antes do experimento foi pedido para cada um dos estudados que ingerissem 500 ml de água. Os estudados passaram 60 minutos sem ingerir qualquer líquido. Foram calculados a partir dos valores de frequência cardíaca do exercício e da recuperação os deltas de 15 minutos e 30 minutos. RESULTADOS: Ao analisarmos os delta PAS nos minutos 15 e 30, observamos uma queda na pressão arterial sistólica nos grupos GA, GBE, GAC, com relação ao grupo controle. Sendo assim, o estado de hidratação dos voluntários no momento dos testes controles, os valores foram menores nos grupos GAC. Porém a PAS diminuiu significante após a ingestão de água de coco (GAC) nós dois momentos. Na análise do delta da pressão arterial diastólica 15 e 30 minutos, revelou que não tivemos alterações significantes nos grupos GC, mas teve uma alteração significativa GA, GBE e GAC no PAD 15 minutos, sendo assim, o valor delta da pressão arterial diastólica melhorou, uma vez que teve uma diminuição com a ingestão dos fluidos. Logo após a realização dos exercícios físicos, tivemos a redução do delta da pressão arterial sistólica e diastólica nos voluntários. Durante as sessões dos testes físicos, a reposição de líquido deixou os voluntários em um estado hidratado, mantendo com perdas 2% da redução da massa corporal dos colaboradores. O estudo mostrou que todos os grupos apresentarem valores acentuados de desidratação nos momentos pré e pós, quando foi feita o teste da coloração da urina. CONCLUSÃO: Conclui que houve uma melhora significativa da pressão arterial sistólica e diastólica na ingestão de líquidos. Assim pode-se constatar que a necessidade de mais estudos quanto a ingestão de líquidos e influencia da pressão arterial nesse período de exercício físico, recomendando-se ingerir 500ml de água. Esses dados podem ser uteis no direcionamento de maiores investigações neste sentido.Downloads
Referências
GOMES, P. L. Estado de hidratação em ciclistas após três formas distintas de reposição hídrica. R. Bras. Ci. e Mov., v. 22, n. 3, p. 89-97, 2014
MARÃES, V. R. F. S. Frequência cardíaca e sua variabilidade: análises e aplicações. Revista Andaluza de Medicina del Deporte, Sevilla, España v. 3, n. 1, marzo, p. 33-42, 2010.
MONTAIN SJ. Hydration recommendations for sport 2008. Curr Sports Med Rep. 7:187-192, 2008.
MORENO, L. I. et al. Efeitos da reposição hidroeletrolítica sobre parâmetros cardiorrespiratórios em exercício e recuperação. Motriz, Rio Claro, v.18, n. 1, p. 165-175, jan./mar., 2012.
OLIVEIRA, P. T. et al. A ingestão hídrica acelera a recuperação da frequência cardíaca pós-exercício. Rev. Educ. Fis/UEM, v. 23, n. 2, p. 271-276, 2012.