COMPARAÇÃO DE DOIS METODOS DE TREINAMENTO DE FORÇA NA POTÊNCIA DE MEMBROS INFERIORES E EQUILÍBRIO DINÂMICO DE IDOSAS
Palavras-chave:
Envelhecimento, Treinamento de Resistência, SaúdeResumo
INTRODUÇÃO: A potência muscular vem sendo associada a uma maior capacidade de realização das atividades funcionais, maior independência e qualidade de vida dos idosos. Assim, recentes diretrizes para o treinamento de força sugerem que os exercícios sejam executados a máxima velocidade concêntrica, porém ainda não há indicações para o tipo de treinamento (funcional vs tradicional) para melhora da potência muscular dessa população. OBJETIVO: Comparar o treinamento de força tradicional e o treinamento funcional na potência de membros inferiores e equilíbrio dinâmico de idosas pré-frágeis. METODOLOGIA: Amostra, 44 idosas, (65,6±6,1 anos / 29,0±4,9 Kg/m-2), divididas aleatoriamente em treinamento funcional (TF-18), treinamento tradicional (TT-15) e grupo controle (GC-11). A intervenção ocorreu ao longo de doze semanas, cada sessão durou uma hora, com frequência de três sessões semanais. O grupo TF realizou 5 minutos de mobilidade articular, 15 minutos para atividades que exigiam potência, agilidade e velocidade; 25 minutos de exercícios de força para membros inferiores e superiores, em padrões de movimento considerado essenciais para as atividades cotidianas; e 10 minutos de atividades lúdicas com trabalho cardiometabólico. O grupo TT realizou 5 minutos de mobilidade articular, 15 minutos de caminhada; 25 minutos de exercícios de força para membros inferiores e superiores, realizados de forma analítica em máquinas de musculação; e 10 minutos de atividades lúdicas com trabalho cardiometabólico. E o grupo controle realizou somente atividades lúdicas e exercícios de relaxamento durante 45 minutos. Para análise da potência muscular (PM) foi utilizado 50% de 1RM no leg press e a velocidade foi determinada utilizando um encoder linear conectado a unidade central de um programa integrado de análise de dados (Musclelab®, Ergotest Innovation, Porsgrunn, Norway). A participante realizou um aquecimento que consistiu em uma série de 10 -15 repetições e após três minutos realizaram repetições a máxima velocidade possível. Para verificar o equilíbrio dinâmico (EQ) foi utilizado o teste de Levantar e caminhar da bateria Sênior Fitness Test, onde a participante foi orientada a levantar e caminhar o mais rápido possível, sem correr, contornando um cone a uma distância de 2,44 m e retornar à posição inicial. Foi realizada uma tentativa para familiarizar e logo após, foi realizado duas tentativas. Utilizamos o melhor escore (tempo em segundos). Os dados foram apresentados em média, desvio padrão e percentual de mudança, e analisados a partir de uma ANOVA 3x3 com post hoc de bonferroni com nível de significância adotada foi p≤0,05. RESULTADOS: Ao final das doze semanas de intervenção, tanto o TF quanto o TT apresentaram diferenças estatisticamente significativas em relação ao pré-teste e ao GC nas variáveis analisadas. Entretanto, na comparação entre os grupos experimentais, o TF apresentou melhora significativa em relação ao TT no teste Sentar e levantar (pós: 4,3 ± 0,3 vs pós: 4,9 ± 0,5 seg.; p= 0,001), e na potência de membros inferiores não houve diferenças entre os grupos (pós: 376,4 ± 107,5 vs pós: 371,0 ±111,1 w, p=0,797). CONCLUSÂO: Tendo em vista as condições de análise, o treinamento funcional apresenta-se mais eficaz na melhora do equilíbrio dinâmico de idosas pré-frágeis.Downloads
Referências
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