ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO

Autores

  • Mikaelle Oliveira Almeida
  • Williany Isis
  • Isabela Reis
  • Kelly Thais Rocha
  • Danielle Góes

Palavras-chave:

Consumo alimentar, obesidade infantil, estado nutricional

Resumo

INTRODUÇÃO: O consumo alimentar na infância e adolescência exerce influência nos processos de crescimento e desenvolvimento, bem como na prevenção e controle de carências nutricionais e no risco de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) a curto e longo prazo (BELTRÁN, 2014; PRADO et al., 2015; VITOLO, 2015). OBJETIVO: Avaliar o perfil nutricional e o consumo alimentar de crianças e adolescentes atendidos em ambulatório de nutrição. METODOLOGIA: Estudo do tipo transversal com dados dos prontuários da admissão de pacientes em acompanhamento nutricional no ambulatório de nutrição infantil do Hospital Universitário/SE. Foram analisados dados do questionário de frequência alimentar qualitativo com 33 itens alimentares. As categoriais da frequência alimentar eram: 2 ou mais vezes ao dia, 1 vez ao dia, 2 a 4 vezes por semana, 1 a 3 vezes ao mês, menos de uma 1 vez ao mês e nunca. Foram coletados os dados de peso estatura, circunferência da cintura (CC) e dobras cutâneas tricipital (DCT) e subescapular (DCSE) padronizados de acordo com SISVAN (BRASIL,2008), e calculados o escore z do IMC/Idade segundo OMS (WHO, 2006; 2007) com pontos de corte do SISVAN (BRASIL, 2011), a CC foi classificada por Freedman et al (1999) e as dobras cutâneas por Frisancho, (1990). RESULTADOS: Foram analisados dados de 128 prontuários, sendo a média da idade 9,5±3,9 anos, 53,1% do gênero feminino, 73,2% excesso de peso, 81,3% tinham altos níveis de adiposidade corporal nas DCT e DCSE (78,4%), e 57,6% elevado risco associado a CC. A grande maioria possuía hábito de beliscar (81,5%), tinham aversão a verduras e legumes (53,2%), e preferência por doces e guloseimas (28,6%). Quanto a frequência alimentar, observou-se altos percentuais de consumo uma vez por semana de refrigerante (32,3%), cachorro quente (20,2%), chocolate/bombom (20,2%) e salgado frito (15,2%). Aproximadamente cerca de 45% faziam ingestão de carnes ou ovos fritos de duas a quatro vezes durante a semana. Os embutidos (presunto/salame 25,3% e salsicha/linguiça 15,2%) obtiveram uma frequência de consumo em torno de duas a quatro vezes na semana. CONCLUSÃO: A alta prevalência de excesso de adiposidade e o significativo consumo de alimentos ricos em gorduras e açucares na amostra de pacientes do ambulatório de nutrição infantil do Hospital Universitário, são indicativos do alto risco para o desenvolvimento de DCNT. O acompanhamento nutricional com orientações sobre estilo de vida saudável são de especial importância para melhores prognósticos.

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Referências

BELTRÁN, M. P. D. Factores influyentes en el comportamiento alimentario infantil. Revista de la Facultad de Medicina, Bogotá, v.62, n. 2, abr./jun. 2014.BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE.

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Almeida, M. O., Isis, W., Reis, I., Rocha, K. T., & Góes, D. (2016). ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES ATENDIDOS EM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3054

Edição

Seção

Resumo - Nutrição