EFEITO DO TREINAMENTO REDISTIDO TRADICIONAL NA FORÇA ISOMÉTRICA MÁXIMA DE IDOSAS
Palavras-chave:
Palavras chaves, Envelhecimento, Aptidão física, Atividade diáriaResumo
Introdução: O envelhecimento é um processo natural que afeta a força muscular e a capacidade de realizar atividades simples, mas essenciais para a manutenção de uma vida independente. O treinamento resistido parece ser uma alternativa para melhoria dos níveis de força e funcionalidade, intervindo de forma positiva na qualidade de vida dessa população. Dentre os componentes da força muscular, a isométrica máxima é uma importante variável para a manutenção da saúde, tendo em vista sua predição de desempenho físico e risco de mortalidade em diferentes faixas etárias. Contudo, não há consenso em como o treinamento resistido contribui para a melhoria da força isométrica máxima de indivíduos da terceira idade. Objetivo: Analisar o efeito de doze semanas de treinamento resistido tradicional na melhora da força isométrica máxima de preensão manual e cadeia posterior de idosas. Metodologia: A amostra foi composta por 26 idosas. As mesmas foram distribuídas em dois grupos distintos: Treinamento Resistido Tradicional (TR: n=15, 65,6 ± 5,1 anos, 28,5 ± 5,5 kg/m-²) e Grupo Controle (GC: n=11; 62,6 ± 2,6 anos, 30,4 ± 5,9 kg/m²). O grupo TR realizou: 1º- 5 minutos de mobilidade articular, 2º- 15 minutos de ginástica aeróbica, 3º- 30 minutos de treinamento resistido em máquinas para membros inferiores e superiores, e 4º- 10 minutos de Treinamento Intervalado de Alta Intensidade. O Grupo Controle realizou 50 minutos de alongamentos e práticas de relaxamento. A força isométrica máxima foi medida através de um dinamômetro lombar (Isometric Dead Lifft Test) e de preensão manual (Hand Grip Test), os dados foram expressos em Kgf. Foram realizadas três tentativas em cada teste e utilizado o maior valor para fins estatísticos. Os dados foram descritos em média e desvio padrão e para análise da significância foi utilizada uma ANOVA 2x2 com pós hoc de Bonferroni para comparação entre os grupos, a significância adotada foi p≤0,05. Resultados: Ao final da intervenção de doze semanas o TR apresentou aumento significativo no Hand Grip Test em comparação ao GC (21,8 ± 4,0 vs. 18,0 ± 3,8 Kgf; p = 0,04%). Entretanto não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos no Isometric Dead Lift Test apesar de ambos melhorarem (pós TR: 62,0 ± 12,3 vs. Pós GC: 60,7 ± 16,4 Kgf; p = 0,75%) Conclusão: Levando em consideração a amostra e as condições analisadas, o Treinamento Resistido Tradicional promoveu melhoras nos níveis de força isométrica máxima de preensão manual e da cadeia posterior de idosas após doze semanas de treinamento.Downloads
Referências
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