INFLUÊNCIA DE 12 SEMANAS DE TREINAMENTO FUNCIONAL E TRADICIONAL NA PREVENÇÃO E CONTROLE DE MORBIDADES CARDIORRESPIRATÓRIAS EM IDOSAS
Palavras-chave:
Educação Física e Treinamento, Idoso Fragilizado, Exercícios em Circuitos, Caminhada.Resumo
INTRODUÇÃO O desempenho nas atividades do cotidiano é muito bem refletido através de testes de caminhada e este método torna-se um dos mais práticos para quantificar a capacidade funcional em idosos. Instrumentos objetivos são mais precisos do que os relatos pessoais. Ademais, o teste de caminhada de 6 minutos é simples, seguro e é um teste facilmente administrado e que tem sido estudado em várias populações com doenças específicas, incluindo indivíduos com doença pulmonar, falha cardíaca, marca-passos, doença arterial periférica e candidatos a transplantes orgânicos. Um dos aspectos fundamentais que limitam o exercício físico, principalmente frente ao sedentarismo, é a performance da musculatura inspiratória. A perda de força dos músculos respiratórios é uma alteração reconhecida com o avanço da idade e essa perda pode afetar a dinâmica ventilatória, principalmente durante o exercício. Uma curta distância na caminhada de 6 minutos é bastante capaz de predizer morbidade e mortalidade por doença cardíaca ou pulmonar. OBJETIVO Investigar as repercussões cardiorrespiratórias após 12 semanas de treinamento funcional e treinamento tradicional em idosas. METODOLOGIA O presente estudo é caracterizado como um ensaio clínico randomizado. Foram estudados três grupos diferentes e as idosas randomizadas da seguinte forma: Treinamento Funcional (TF: n=21), Treinamento Tradicional (TT: n=16) Grupo Controle-GC (GC: n=19). Registrou-se o desempenho cardiorrespiratório das idosas através do teste de caminhada de 6 minutos (TC6) após 12 semanas de treinamento. Os dados descritivos foram analisados com média e desvio padrão e para análise estatística adotou-se um p de significância < 0,05 com o método do teste T Independente para verificar o grau de significância entre os grupos. RESULTADOS Após 12 semanas de treinamento percebeu-se uma evolução de cerca de 7% no grupo de treinamento funcional, 4,5% no treinamento tradicional e 0,2% no grupo controle. No TC6 pós 12 semanas – TF (pré=551,9m ±50,1m vs pós=590,4m±40,4m) – TT (pré=539,9 ± 59m vs pós=564,3 ± 52,1m). Houve diferença significativa com um p=0,02 entre o grupo TF e GC. CONCLUSÃO Ao final das 12 semanas de treinamento notou-se um ganho na capacidade respiratória bastante relevante no grupo submetido ao treinamento funcional. Não se conseguiu resultados significativos no grupo do treinamento tradicional, o que não anula estudos posteriores que consigam identificar algum ganho dessa natureza. Salienta-se ainda que se estimule a difusão da modalidade de treinamento funcional assim como estudos experimentais que visem ainda mais a descobrir benefícios biológicos e funcionais.Downloads
Referências
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