PRINCIPAIS INTERAÇÕES FÁRMACOS-NUTRIENTES EM PACIENTES COM TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL INTERNADOS EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Palavras-chave:
interações fármacos-nutrientes, unidades de terapia intensiva, nutrição enteralResumo
Introdução: Em Unidades de Terapia Intensiva é muito comum a associação de vários fármacos juntamente com a administração da dieta, o que pode provocar interações que resulte desde a ineficácia do tratamento farmacológico até alterações na biodisponibilidade de nutrientes, comprometendo ainda mais o prognostico desse paciente. Objetivo: Identificar as possíveis intenções fármacos-nutrientes em pacientes com terapia enteral internados na UTI. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal, no qual foram avaliados 30 pacientes internados na UTI de um hospital publico de Sergipe. Para avaliação do estado nutricional foram aferidas medidas da circunferência do braço (CB) e altura do joelho (AJ), para o cálculo estimado do peso e da estatura. Em seguida, procedeu-se o cálculo do IMC. O percentual de adequação das dietas enterais ofertadas e a frequência de fármacos administrados e as possíveis interações entre fármacos-nutrientes foram avaliados em dois momentos, nas primeiras 24horas e após 120horas da internação. Resultados: As principais causas de internação na UTI foram trauma crânio encefálico. Observou-se maior frequência de indivíduos do gênero masculino entre os pacientes avaliados. As interações fármacos-nutrientes observadas e as que estão bem estabelecidas foram o antiulceroso (omeprazol) reduzindo a biodisponibilidade de vitamina B12 e o anti-hipertensivo (captopril) com alimentos em geral, reduzindo ação terapêutica do fármaco. As frequências de administração desses dois fármacos nas primeiras 24 horas e 120 horas foram de 50 e 60% para o omeprazol e, 30 e 33,3% para captopril, respectivamente. Conclusão: A utilização de fármacos como antiulcerosos e anti-hipertensivos apresentou uma frequência elevada nos dois tempos avaliados, o que pode comprometer o estado nutricional e a própria absorção do fármaco, reduzindo sua ação terapêutica.Downloads
Referências
Lopes, E. M. et al., Interações Fármacos-alimento/nutriente potenciais em Pacientes Pediátricos Hospitalizados. Revista de Ciências Farmacêutica Básica e Aplicada, Piauí, 34(1):131-135, Nov, 20013.
FUJINO, V., NOGUEIRA, LUCIMAR A. B. N. S. Terapia nutricional enteral em pacientes graves: revisão de literatura, Arq. Ciência e Saúde, São Paulo, v-14, n°4 Out/Dez, 2007.
SILVIA, L. D. et al. Interação Fármaco - Nutrição Enteral: Uma Revisão Para Fundamentar O Cuidado Prestado Pelo Enfermeiro, Revista de enfermagem UFRJ, Rio de Janeiro, Abril/Jun, 2010.
TEIXEIRA, A. C. C., CARUSO, L., SORIANO, F. G., Terapia Nutricional Enteral em Unidade de Terapia Intensiva: Infusão Versus Necessidades. Revista Brasileira de Terapia Intensiva, São Paulo, v-18, N°4, Out/Dez, 2006.
SANT’ANA, I. E. S.; MENDONÇA, S. S.; MARSHALL, N. G., Adequação Energético-proteica E Fatores Determinantes Na Oferta Adequada De Nutrição Enteral Em Pacientes Críticos, Com. Ciência e Saúde, v-22, n° 4, p-47-56, Ago,2012.
MAICÁ, A. O; SCHWEUGERT, I. D. Avaliação Nutricional em Pacientes Graves. Revista Brasileira de Terapia Intensiva. Ijuí, v-20, n3, p-286-295, Ago,2008.