TREINAMENTO FUNCIONAL VERSUS TREINAMENTO TRADICIONAL: EFEITOS NA COGNIÇÃO DE IDOSAS PRÉ-FRÁGEIS

Autores

  • Albernon Costa Nogueira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Antônio Resende UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Leury Chaves UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Marzo Grigolleto UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Leandro Brandão UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • Maria Feitosa UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Palavras-chave:

Envelhecimento, aptidão física, atividades diárias.

Resumo

INTRODUÇÃO: O processo de envelhecimento é acompanhado por alterações estruturais e funcionais do cérebro, estando associado ao declínio cognitivo. A complexidade dos padrões de movimento exigidos nos circuitos funcionais é alta, dificultando a lembrança e reprodução dos exercícios, podendo representar um constante desafio cognitivo e, consequentemente, um importante estímulo para melhoria da saúde mental em indivíduos idosos. No entanto, poucos estudos buscaram comparar um circuito funcional com outro tradicional na melhora cognitiva. OBJETIVO: Analisar comparativamente os efeitos de 12 semanas do treinamento funcional com o treinamento de força tradicional na capacidade cognitiva de idosas pré-frágeis. METODOLOGIA: Trinta e seis idosas fisicamente ativas foram aleatoriamente divididas em dois grupos: Grupo treinamento funcional (TF= 18, 65,6 ± 5,1 anos, 28,5 ± 5,5 kg/m²) e Grupo treinamento tradicional (TT= 16, 62,5±5,3 anos, 30,4±5,9 kg/m²). As participantes do TF executaram exercícios em circuito com toma de decisão, organizados de acordo com padrões de movimento comumente utilizados nas atividades da vida diária (puxar, empurrar, agachar e transportar). Já as do TT executaram o treinamento em circuito na sala de musculação, preconizando os mesmos padrões de movimento. O período de intervenção foi de doze semanas, frequência de três sessões semanais com 48 horas de recuperação entre as sessões. Para análise da capacidade cognitiva foi utilizado o Teste de avaliação cognitiva: Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), definido como teste de avaliação cognitiva com o objetivo de fornecer dados sobre diversos parâmetros cognitivos de qualquer população geriátrica. O questionário é composto por um escore que varia de 0 à 30 pontos e suas questões avaliam: orientação temporal (5 pontos), orientação espacial (5 pontos), memória imediata (3 pontos), atenção e cálculo (5 pontos), memória de evocação (3 pontos), linguagem (8 pontos) e capacidade visual e construtiva (1 ponto). Possui pontuação de corte de 24 pontos, na qual escores abaixo deste valor são indicadores para o diagnóstico de demência. Os dados foram apresentados com média e desvio padrão, analisados a partir de uma ANOVA 2x2 com post hoc test de Sidak para verificar as diferenças entre os grupos, com nível de significância de p<0,05 e calculado o tamanho do efeito. RESULTADOS: Ao final das 12 semanas de intervenção não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p= 0,884). Quando comparado ao pré-teste, somente o TF apresentou melhora estatisticamente significativa (25,2 ± 2,9 vs 26,9 ± 2,6; p= 0,005; Δ: 6,7%), na comparação intra grupos o tamanho do efeito foi (TF= 0,584; TT= 0,305), na comparação pós inter grupos foi de (d= 0,033) CONCLUSÃO: Tendo em vista a amostra e as condições analisadas, o protocolo de treinamento funcional em circuito parece ser mais eficiente que o tradicional na melhora cognitiva de idosas pré-frágeis.

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Biografia do Autor

Albernon Costa Nogueira, UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FISICA - BACHARELADO

Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Nogueira, A. C., Resende, A., Chaves, L., Grigolleto, M., Brandão, L., & Feitosa, M. (2016). TREINAMENTO FUNCIONAL VERSUS TREINAMENTO TRADICIONAL: EFEITOS NA COGNIÇÃO DE IDOSAS PRÉ-FRÁGEIS. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/3021

Edição

Seção

Resumo - Educação Física