EFEITOS DE 8 SEMANAS DE TREINAMENTO FUNCIONAL NOS COMPONENTES DA FORÇA DE IDOSAS PRÉ-FRAGÉIS
Palavras-chave:
Envelhecimento. Treinamento de Resistência. Força Muscular. Autonomia Pessoal. Saúde.Resumo
INTRODUÇÃO: O treinamento funcional parece eficaz na melhora da performance para atividades do cotidiano, já que tem por objetivo trabalhar de forma global as funções corporais contribuindo para a autonomia do indivíduo. No entanto, há poucos estudos que analisaram os efeitos desse método sobre a força dinâmica máxima, potência muscular e força isométrica de idosas e em movimentos funcionais. OBJETIVO: Avaliar os efeitos de oito semanas de treinamento funcional na força dinâmica máxima, potência muscular e força isométrica de idosas pré-frágeis. METODOLOGIA: Dezoito idosas (65,6 ± 5,4 anos, 29 ± 4,9 kg/m-²), após passarem por uma avaliação médica, realizaram o protocolo de treinamento que consistiu em 5’ para mobilidade articular, 15’ de atividades realizadas a máxima velocidade concêntrica para trabalho de potência e coordenação (neuromuscular 1), 25’ com trabalho de força dinâmica máxima com a execução de padrões de movimentos funcionais tais como puxar, empurrar, agachar e transportar de forma dinâmica (neuromuscular 2) e, por fim, 10’ para atividades lúdicas focadas em aspectos cardiorrespiratórios e aspectos cognitivos. A força dinâmica máxima (FDM) e potência muscular (PM) foram verificadas nas ações de empurrar (Supino Vertical e Leg Press 45º) e puxar (Remada Articulada). E a força isométrica (ISO) foi avaliada através de dinamômetro manual e lombar (Hand Grip test e Isometric Dead-Lift Test). Os dados foram apresentados com média, desvio padrão e percentual de mudança (∆) e analisados a partir de um Test “t” pareado com significância estatística ≤5%. RESULTADOS: Ao final das oito semanas foi observada uma melhora estatisticamente significativa na força isométrica (Hand Grip Test pré: 18,3,0±4,2 vs. pós: 19,8±4,1 KgF; p= 0,00; 8,1% / Isometric Dead-Lift Test pré: 61,4±13,4 vs. pós: 66,0±14,1 kgF; p= 0,00; 7,4%) e na força dinâmica máxima (Supino Vertical pré: 56,1±12,8vs. pós: 63,2,6±13,4 kg; p = 0,00; 12,6% / Leg Press 45º pré: 131,4±27,5 vs. pós: 163,2±32,3 kg; p=0,00; 24,2% / Remada Articulada pré: 36,9±9,1 vs. pós: 40,9±7,8 kg; p= 0,00; 10,8%). Entretanto, não foram encontrados resultados satisfatórios na potência muscular (Supino Vertical pré: 118,3±41,1 vs. pós: 126,1±38,4 W; p= 0,06; 6,5% / Leg press 45º pré: 337,0±91,6 vs. pós 356,9±102,7 W; p= 0,12; 5,9% / Remada Articulada: pré: 152,6±43,8 vs. pós: 168,5±55,8 W; p= 0,06; 10,4%). CONCLUSÃO: Tendo em vista a amostra e as condições analisadas, o treinamento funcional parece eficaz no aumento da força dinâmica máxima e isométrica de idosas pré-frágeis. Entretanto, no que se refere a potência muscular os resultados foram inconclusivos.Downloads
Referências
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