EFEITO DO TREINAMENTO RESISTIDO NA FORÇA, POTÊNCIA MUSCULAR E QUALIDADE DO MOVIMENTO EM IDOSAS

Autores

  • JADSON MORAIS DE SOUZA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • LEANDRO HENRIQUE ALBUQUERQUE BRANDÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • JOSE CARLOS ARAGÃO SANTOS UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • ANTONIO GOMES DE RESENDE NETO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
  • MARZO EDIR DA SILVA GRIGOLETTO UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Palavras-chave:

envelhecimento, atividades diárias, saúde.

Resumo

INTRODUÇÃO: O envelhecimento possibilita o surgimento de diversos fatores que diminuem a capacidade funcional, consequentemente reduzindo o desempenho nas atividades da vida diária (AVDs), interferindo assim na autonomia do idoso. Dentre as variáveis afetadas negativamente pelo processo de envelhecimento, está a força, a potência muscular e a qualidade do movimento. Todas elas facilitam a realização de AVDs com maior eficácia e segurança. O treinamento resistido tradicional é sugerido como forma de reduzir os efeitos deletérios da sarcopenia, entretanto ainda não está claro na literatura cientifica até que ponto esse treinamento intervém na qualidade do movimento. OBJETIVO: Analisar o efeito do treinamento resistido na força, potência muscular e qualidade do movimento em idosas fisicamente ativas. MÉTODOS: 26 idosas foram divididas em dois grupos, o grupo de treinamento resistido (TR=15) e grupo controle (GC=11). Para analise da força dinâmica máxima (FDM) foi realizado o teste de 1RM nas ações de puxar (remada articulada), empurrar (supino vertical), e empurrar com membros inferiores (leg press). Para análise da potência (PM) foram utilizados os mesmos exercícios com uma carga de 50% de 1RM, a velocidade foi medida através de um encoder linear conectado a um sistema integrado de analise de dados (MuscleLab®), e para analisar a qualidade do movimento foi utilizado o Functional Moviment Screen. Os dados foram apresentados em média e desvio padrão, analisados a partir da ANOVA 2x2 e post hoc de Sidak com nível de significância de 5%. RESULTADOS: Ao final das doze semanas o TR apresentou melhoras estatisticamente significativas em relação aos valores iniciais em todas as variáveis analisadas: supino (FDM - pré: 56,7 ± 15,8 vs pós: 72,4 ± 16,1 Kg; p = 0,00)/(PM - pré: 113,1 ± 36,1 vs. pós: 133,7 ± 41,7 W; p = 0,00); leg press (FDM - pré: 133,0 ± 30,2 vs pós:187,4 ± 39,4 Kg; p = 0,00)/(PM - pré: 337,7 ± 96,8 vs. pós: 371,0 ± 111,1 W; p = 0,02); remada (FDM - pré: 37,0 ± 8,4 vs pós: 46,1 ± 8,2 Kg; p = 0,00)/(PM - pré: 144,4 ± 39,6 vs. pós: 172,2 ± 42,4 W; p = 0,00) e Qualidade do movimento (pré: 9 ± 4 vs pós:11,5 ± 2, p=0,001). Em relação ao GC, TR foi superior nos testes de 1RM e qualidade do movimento, porem não apresentou melhoras significativas nos testes de potência muscular. CONCLUSÃO: levando em consideração a amostra e as condições estudadas o treinamento resistido mostrou ser eficaz para incrementar a força muscular e a qualidade do movimento, porém não foi observado o mesmo efeito na potência muscular.

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Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

DE SOUZA, J. M., BRANDÃO, L. H. A., SANTOS, J. C. A., DE RESENDE NETO, A. G., & DA SILVA GRIGOLETTO, M. E. (2016). EFEITO DO TREINAMENTO RESISTIDO NA FORÇA, POTÊNCIA MUSCULAR E QUALIDADE DO MOVIMENTO EM IDOSAS. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/2976

Edição

Seção

Resumo - Educação Física