PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES OBESOS ASSISTIDOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E PELA REDE SUPLEMENTAR DE SAÚDE
Palavras-chave:
risco cardiovascular, obesidade, doenças crônicasResumo
INTRODUÇÃO A obesidade é uma doença multifatorial resultante do acúmulo de tecido adiposo. As comorbidades relacionadas à obesidade requerem uma grande demanda por ações, procedimentos e serviços de saúde. (COUTINHO et al., 2008; MARKS, 2004; SÜSSENBACH, 2011 WHO, 1998; WHO, 2014) OBJETIVO Avaliar os fatores de risco cardiovasculares em pacientes em pré-operatório de cirurgia bariátrica assistidos pelo SUS e pela Rede Suplementar de Saúde. METODOLOGIA Foi realizado um estudo transversal sobre a prevalência de riscos cardiovasculares em obesos graves, adultos, de ambos os sexos, candidatos à cirurgia bariátrica assistidos pelo SUS e Rede Suplementar de Saúde (RS). A análise estatística descritiva dos dados foi realizada utilizando o programa estatístico Statistical Package for the Social Science, SPSS versão 17.0 para o Windows. A pesquisa foi previamente aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe, sob registro do CAAE Nº 0065.0.107.000-11. RESULTADOS A amostra é predominantemente feminina nos dois grupos, SUS (80,6%) e pela RS (75,7%). As comorbidades mais frequentes nos pacientes são Hipertensão Arterial Sistémica 56,8% na RS e 77,8% no SUS; Dislipidemia 45,4% na RD e 41,7% no SUS; Esteatose Hepática 27% na RS e 22,2% no SUS. Nos pacientes assistidos pelo SUS as médias dos exames bioquímicos foram: HDL 46,3± 12,0 (mg/dL), LDL 118,2±23,8 (mg/dL), Colesterol total (CT) 195,8±27,1 (mg/dL), TG 141,4± 7,3, Glicemia de Jejum (Glic JJ) 101,6±28,0. Já na RS os valores médios foram HDL 42,4± 9,2 (mg/dL), LDL 141,5 ±45,3 (mg/dL), CT 217,1±82,9 (mg/dL), TG 151,7± 73,8 (mg/dL), Glic JJ 106,0±46,2 (mg/dL). Quanto as variáveis antropométricas, a média do Índice de Massa corporal foi 53,2±13,8 kg/m² (Superobesidade), e da circunferência da cintura 130,6 ±15,9 no SUS e na RS média de IMC 40,2 ±4,5 kg/m² (Obesidade Grau II) e circunferência da cintura112,5±11,3. CONCLUSÃO Dessa forma conclui-se que tanto os pacientes assistidos pelo SUS como pela RS apresentam perfil metabólico e antropométrico que corroboram com a alta prevalência de doenças crônicas não transmissíveis presente nesta população, uma vez que essas doenças estão associadas a obesidade grave.Downloads
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Referências
MARKS, J.B. Advances in obesity treatment: clinical highlights from the NAASO 2003 Annual Meeting. Clin Diabetes., v.22, n.1, p.23-6., 2004.
World Health Organization (WHO). Global status report on non communicable diseases 2014. Geneva: WHO; 2014.
COUTINHO, J.G.; GENTIL, P.C.; TORAL, N.A. Desnutrição e obesidade no Brasil: o enfrentamento com base na agenda única da nutrição. Cad. Saúde Pública., v.24, n.2, p.332-340., 2008.
SÜSSENBACH, S.P. Custo Orçamentário da Cirurgia Bariátrica [dissertação]. Porto Alegre: Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul; 2011.
WORD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Report of a WHO consultation on obesity. In: Obesitypreventing and managing the global epidemic. Geneva: WHO; 1998.
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Publicado
2016-11-23
Como Citar
Soares, F. M., SANTOS, H. D. N., LIMA, J. M. S., SILVA NETO, E. F. D., & DE SOUZA, M. F. C. (2016). PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM PACIENTES OBESOS ASSISTIDOS PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E PELA REDE SUPLEMENTAR DE SAÚDE. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/2974
Edição
Seção
Resumo - Nutrição