EFEITOS DE DOIS DIFERENTES TIPOS DE CIRCUITO CROSS TRAINING SOBRE A CAPACIDADE CARDIORESPIRATÓRIA

Autores

  • Albanir Santos Cruz Universidade Federal de Sergipe
  • Marta Silva Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Gabriel Vinícius Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Vanessa Cristina Casalatina Universidade Federal de Sergipe
  • Marzo Edir Grigoletto Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

Aptidão Física, Treinamento, Jovens

Resumo

INTRODUÇÃO: O treinamento funcional tem como pressuposto a realização de exercícios multiplanares e integrados que refletem atividades laborais. O Cross Training é um método de treinamento funcional em circuito de alta intensidade. Esse preconiza a utilização de padrões de movimentos funcionais mais utilizados nas atividades da vida diária de qualquer indivíduo, como por exemplo, a ação de puxar, agachar, empurrar e transportar. Além disso, em uma única sessão de treinamento funcional Cross Training, são treinadas capacidades físicas condicionantes, exemplo: agilidade, velocidade, força e potência muscular. A forma de realização da sessão de treinamento Cross Training, ou seja o circuito, estão descritos na literatura, existindo várias formas de organiza-lo. Contudo não está claro se variações na distribuição dos exercícios dentro de um circuito poderia influenciar na capacidade cardiorrespiratória. OBJETIVO: Avaliar e comparar o efeito de dois diferentes tipos de circuitos Cross Training na capacidade cardiorrespiratória de adultos jovens saudáveis. METODOLOGIA: Amostra 47 indivíduos adultos assintomáticos, com idade entre 19 e 35 anos. Os indivíduos foram randomizados em três grupos de forma aleatória: Iniciante (IN=10), Intermediário 1 (IT1=18), Intermediário 2 (IT2=19). Com exceção do grupo IN (não possuía experiência com treinamento funcional), os grupos IT1 e IT2 já estavam familiarizados com o protocolo, porém inativos a 2 meses. A intervenção ocorreu ao longo de 24 sessões, duas vezes por semana, com duração de 50 minutos. A sessão começava com 15 minutos de mobilidade articular e coordenação. Em seguida os grupos realizavam a parte principal do treino, que consistia na realização de dois circuitos: Neuromuscular 1: 12 minutos de exercícios que treinavam potência, velocidade e agilidade; Neuromuscular 2: 12 minutos de treinamento de força máxima. Por fim, eram dedicados 10 minutos de high intense interval training. Os circuitos neuromuscular 1 e 2 eram realizados duas vezes seguidas e eram compostos por seis estações cada um. O grupo IN e IT1 realizavam as estações intercaladas por ações motoras funcionais (puxar-empurrar-agachar-transportar-puxar-empurrar). Já o grupo IT2 realizava as estações de forma agrupada (puxar-puxar/empurrar-empurrar/agachar-agachar). Cada grupo realizou duas voltas no Neuromuscular 1 e Neuromuscular 2. Para avaliar a capacidade cardiorrespiratória foi aplicado o Yo-Yo Intermittent Recovery Test Level 1 (bangbo –autor). O teste de Kolmorov-Smirnov foi utilizado para análise da normalidade dos dados. Uma análise de covariância 2x2 foi realizada, com post-hoc de Bonferroni para análise da diferença inter e intra grupo nos distintos momentos. A significância estabelecida foi de 5%. Os dados foram expressos em média e desvio padrão. RESULTADOS: Após 24 sessões de treinamento, os três grupos apresentaram melhoras significativas de pré para pós na capacidade cardiorrespiratória (IN, pré=268 ± 183,8; pós=314 ± 220,7; p≤0,001), (IT1, pré=348,8 ± 178,2; pós= 397 ± 193,2; p≤0,05), (IT2, pré=357,8 ± 212,9; pós=404,2 ± 289,6; p≤0,01), com o percentual de mudança de IN = 17,1%, IT1 =13,8% e IT2 = 13,2%. No entanto não houve diferença significativa entres os grupos nos momento pós test (p=0,6). CONCLUSÃO: De acordo com os resultados encontrados, constatamos que os dois tipos de circuito Cross Training se mostraram eficientes na melhora da capacidade cardiorrespiratória.

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Biografia do Autor

Albanir Santos Cruz, Universidade Federal de Sergipe

CCBS - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde DEF - Departamento de Educação Física FTG - Functional Training Group

Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Cruz, A. S., Santos, M. S., Santos, G. V., Casalatina, V. C., & Grigoletto, M. E. (2016). EFEITOS DE DOIS DIFERENTES TIPOS DE CIRCUITO CROSS TRAINING SOBRE A CAPACIDADE CARDIORESPIRATÓRIA. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/2956

Edição

Seção

Resumo - Educação Física