Consumo de Macronutrientes em Pacientes Renais

Resumo

INTRODUÇÃO: Os rins são responsáveis, principalmente, por filtrar cerca de 180 litros de sangue por dia, excretando catabólitos resultantes do metabolismo da uréia, do ácido úrico e da creatinina, e, ainda fazer o equilíbrio do volume sanguíneo, de eletrólitos, da osmolaridade e o equilíbrio ácido-básico. Mas, as doenças renais, muito comum nas populações do mundo, consideradas silenciosas, de alta mortalidade e alto custo de tratamento, comprometem essas funções, o que a torna atualmente um problema de saúde pública mundial. Existe uma grande relação entre a doença e o consumo alimentar, estudos comprovam que: uma dieta hipoproteica tende a reduzir a uréia sérica e aumento da filtração glomerular, uma dieta rica em lipídio associada com a doença aumenta o risco de doença cardiovascular e que o alto consumo de carboidrato esta relacionada com a diabetes mielittus em pacientes renais. OBJETIVO: Avaliar o consumo de macronutrientes de pacientes renais em hemodiálise na cidade de Aracaju-SE. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal com 167 pacientes em tratamento de hemodiálise – atendidos, em uma clínica de nefrologia, localizada no município de Aracaju-SE, durante os meses de março à setembro de 2015. Para análise dos macronutrientes, foram avaliados através da AMDR (Acceptable Macronutrient Distribution Range - Intervalo de Distribuição Aceitável de Macronutrientes) e potássio e sódio, através da AI (Adequate Intake). RESULTADOS: Foi observado que a maioria da população conseguiu atingir as recomendações de macronutrientes. Sendo que, os carboidratos (CHO) apresentaram ainda 23,95% abaixo da recomendação, onde sua AMDR é de 45%-65%. A ingestão proteína (PTN) apenas 2,39% da população consumiram abaixo do recomendado, (AMDR = 10%-35%). E o Lipídio (LIP) que obteve 9,58% dos pacientes consumiu menos que o recomendado (AMDR = 20%-35%). CONCLUSÃO: Várias adequações no consumo alimentar foram encontradas nesta pesquisa, indicando que os pacien¬tes mantêm uma alimentação adequada, como é recomendado para a doença de base. O acom-panhamento nutricional pode ter influenciado esta adequação. No entanto, é preciso utilizar esses dados com cautela, pois a qualidade da alimentação é de extre¬ma importância para esses pacientes. E aumentar o consumo energético de forma desordenada, sem uma orientação pautada nas recomendações, pode afetar negativamente o estado geral do paciente