ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DE SAÚDE E A PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM IDOSOS
Palavras-chave:
percepção de saúde, fatores de risco, idoso, síndrome metabólica.Resumo
INTRODUÇÃO: O aumento da expectativa de vida da população brasileira tem ocorrido em paralelo com uma ascendência na prevalência das doenças crônicas e degenerativas próprias da idade avançada. Essa sobrecarga de doenças pode está relacionada às mudanças nos hábitos de vida dos brasileiros sujeitos a uma maior exposição aos fatores de riscos para o desenvolvimento de determinadas síndromes, como é o caso da síndrome metabólica (SM). Esta síndrome tem sido alvo de muitos estudos nos últimos anos, devido estar diretamente relacionada à exposição aos fatores de riscos para o desenvolvimento das doenças cardiovasculares, bem como o diabetes mellitus tipo II. OBJETIVO: Analisar a autopercepção de saúde e verificar a prevalência dos fatores de risco para o surgimento da SM em idosos. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo do tipo epidemiológico transversal e descritivo com 107 idosos, de ambos os gêneros, com idade (71,2 ± 7,64), altura (1,56 ± 0,09), IMC (28,6 ± 5,7) residentes no bairro América, Aracaju-SE. Os voluntários, após assinarem termo de consentimento livre e esclarecido, foram submetidos a uma entrevista, a realizar medidas de pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), peso, altura e coleta da circunferência abdominal (CA). A entrevista incluía perguntas a respeito de características sócio-demográficas, estilo de vida tais como: hábito de fumar, ingestão de bebidas alcoólicas e prática de atividade física, e indicadores de saúde do entrevistado. Os resultados de prevalência estão representados por valores descritivos com frequência absoluta, média e desvio padrão. Para analisar a correlação da autopercepção de saúde com fatores de risco foi realizado o teste de correlação de Pearson no SPSS 20.0. RESULTADOS: Verificou-se que a população estudada é composta principalmente por indivíduos sedentários (84,1%), hipertensos (72%), Sobrepesos (29%) e com obesidade grau I (22,4%). Foi encontrada uma prevalência moderada em relação as variáveis etilismo, diabetes e cardiopatas. Além disso, notou-se que existe uma alta correlação entre CA e CCQ (r= 0,702), IMC e CA (r= 0,691), IMC e CCQ (r=0,753) e leve correlação entre estado de saúde e prática de atividade física (r=0,194), considerando-se significativo p≤ 0,05. CONCLUSÃO: A população apresenta riscos consideráveis para o desenvolvimento da SM, evidenciado pelo excesso de peso e acúmulo de gordura abdominal, inatividade física e estilo de vida. Portanto, faz-se necessário que medidas profiláticas e de intervenção sejam levadas a essa e a outras populações específicas para controlar o surgimento de doenças crônicas não transmissíveis e doenças metabólicas.Downloads
Referências
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