Prevalência de doenças crônicas não-transmissíveis em mulheres na fase do climatério

Autores

  • Mônica Souza Hospital Universitário de Sergipe
  • Suellen Dantas
  • Maryze Lima
  • Marina Salgado
  • Márcia Cândido

Palavras-chave:

Mulheres, climatério, doenças crônicas não-transmissíveis

Resumo

INTRODUÇÃO A fase do climatério é caracterizada por várias alterações hormonais e suas respectivas implicações biológicas, psicossociais, familiares e culturais, o que acaba repercutindo na saúde física, no bem-estar emocional e psicossocial da mulher. Estudos mostram a prevalência de síndrome metabólica no climatério, sendo as alterações mais frequentes HDL baixo, hipertensão arterial, obesidade visceral, hipertrigliceridemia e diabetes mellitus. Como consequência da diminuição do estrogênio, ocorre aumento no risco de aparecimento de cardiopatias, neoplasias, problemas urinários, osteoporose e doenças autoimunes. Especialmente nos anos que antecedem a menopausa, as mulheres tendem a ganhar 0,8 kg/ano, aumentando ainda mais o risco de aparecimento das doenças crônicas não-transmissíveis. Esse aumento, no final da menopausa, pode corresponder a 20% da gordura total do corpo. METODOLOGIA Tratou-se de um estudo transversal, realizado no ambulatório multidisciplinar de um Hospital Universitário. Foram incluídas mulheres na fase do climatério, com idade entre 40 e 65 anos que estivessem aguardando atendimento. Para avaliação antropométrica, foram utilizados o Índice de Massa Corporal, Circunferência da cintura. Foi solicitado que os participantes do estudo assinassem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O projeto foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa do Hospital Universitário de Sergipe, sob o número do CAAE 55601916.9.0000.5546. RESULTADOS O perfil da população estudada constituiu-se de 92 mulheres, com idade entre 40 e 65 anos e média de 51,97 ± 7,08 anos. Quanto as comorbidades, as que estavam presentes foram: Hipertensão Arterial Sistêmica (56%), Diabetes Mellitus (37%), Esteatose hepática (24%), Doenças renais (9%), Cardiopatias (8%), Doenças ósseas (5%), outras patologias (35%) e somente 7% da amostra não tinha nenhuma comorbidade. Em relação aos parâmetros antropométricos, os resultados do IMC demonstraram que a maioria das mulheres (59%) estavam obesas, 28% estavam com sobrepeso e 16% eutróficas. Foi observado também que em 60% da amostra a circunferência da cintura evidenciou um risco muito elevado para doenças metabólicas. CONCLUSÃO Na população estudada, foi possível constatar uma prevalência de Hipertensão, Diabetes Mellitus e Esteatose hepática. Além disso, os parâmetros antropométricos evidenciaram uma prevalência de obesidade e consequentemente, risco muito elevado para desenvolvimento de doenças metabólicas.

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Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Souza, M., Dantas, S., Lima, M., Salgado, M., & Cândido, M. (2016). Prevalência de doenças crônicas não-transmissíveis em mulheres na fase do climatério. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/2925

Edição

Seção

Resumo - Nutrição