INFLUÊNCIA DO TREINAMENTO DE FORÇA NO CRESCIMENTO DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Resumo

INTRODUÇÃO: O treinamento de força é uma modalidade popularmente praticada por pessoas de diversas faixas etárias que se concentram geralmente em academias de musculação buscando atingir metas que vão desde a qualidade de vida e um bom condicionamento físico, até padrões estéticos satisfatórios e o treinamento de auto rendimento. Porém, ainda há muita controvérsia sobre os benefícios e riscos sobre os exercícios de força para crianças e adolescentes. OBJETIVOS: Verificar se há influência do treinamento de força no crescimento de crianças e adolescentes praticantes da modalidade. METODOLOGIA: As informações foram coletadas através de pesquisas pelas fontes de referencial teórico nacional, nas bases de dados Google Acadêmico (2 revisões sistemáticas e 1 dissertação) e Scielo (2 revisões sistemáticas), por meio dos descritores: treinamento de resistência para crianças, crescimento ósseo estatural, além de um livro que aborda o assunto. Após consultadas no DeCS, foram escolhidas as palavras-chave Crescimento, adolescentes, crianças e treinamento de resistência. RESULTADOS: Nos resultados, FILHO et al (2015) constataram que “o exercício físico de força contribui de forma significativa tanto para o crescimento quanto para prevenção de problemas ósseos em crianças e adolescentes”, igualmente, segundo a American Academy of Pediatrics (1990) e o American College of Sports Medicine (1995) apud PINTO (1998), o treinamento de força, quando prescrito corretamente e supervisionado por especialistas, é indicado como efetivo para crianças”. Acrescenta-se a ideia de SILVA et al (2004) “Alguns dos benefícios do treinamento de força em jovens são: aumento da força, melhora da coordenação motora, aumento da densidade mineral óssea e prevenção de lesões”. Para confirmar a ideia, PERFEITO et al menciona “o treinamento de força estimula a síntese do hormônio GH, favorecendo o crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes”. Ainda segundo PERFEITO et al (2013), porém por uma lógica diferente, supõe que “prejuízos no crescimento longitudinal são apenas observados quando a intensidade do exercício é extremamente alta”. Já o autor ALVES et al (2008), diz: “o que ocorre é um viés de seleção no qual crianças com baixa estatura são recrutadas para alguns esportes” CONCLUSÃO: De maneira geral, de acordo com as informações apresentadas anteriormente, conclui-se que há sim uma influência do treinamento de força no crescimento de crianças e adolescentes. Porém, esta influência foi constatada de diferentes maneiras, como: influência positiva para o crescimento, influência não prejudicial ao crescimento e não influência do treinamento. Assim, observa-se que os resultados estão mais ligados a qualidade de planejamento: execução, intensidade e volume. Outro ponto importante a ser considerado, é que a estatura não é resultado do treinamento e sim um pré-requisito de escolha para determinadas modalidades esportivas, objetivando uma melhor performance. Em suma, considera-se que o treinamento de força seja indicado para crianças e adolescentes, devendo respeitar a individualidade biológica.