RELAÇÃO ENTRE PRATICA DE ATIVIDADE FÍSICA E FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM PACIENTES DIABÉTICOS

Autores

  • Karen Pricyla Cruz Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Marina Costa Salgado Universidade Federal de Sergipe
  • Deise Aranha Sampaio Universidade Federal de Sergipe
  • Hisys Ravelly Santos Souza Universidade Federal de Sergipe
  • Hellyne Isabel Marques Barbosa Universidade Federal de Sergipe

Palavras-chave:

atividade física, risco, diabetes.

Resumo

INTRODUÇÃO: As Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) representam um problema de saúde pública em nível nacional (KREUZBERG; AGUILAR e LIMA, 2016). O diabetes mellitus é uma das principais doenças crônicas degenerativas com alta prevalência na população adulta brasileira e que pode ser controlada, dentre outras intervenções, por meio de uma alimentação equilibrada e atividade física (KREUZBERG; AGUILAR e LIMA, 2016; SILVA et al., 2015). Assim, a inatividade física é um fator de risco independente para as doenças crônicas não transmissíveis, sendo que a prática regular de exercício físico altera favoravelmente alguns fatores de risco cardiometabólico, como controle glicêmico, redução do peso corporal, controle da pressão arterial, dentre outros, prevenindo assim as complicações agudas e crônicas do diabetes que são as principais responsáveis pela morbidade e mortalidade desses pacientes (SANTANA et al., 2015; MACEDO et al., 2012; PASQUALOTO ET al., 2012). OBJETIVO: Avaliar a relação entre pratica regular de atividade física e fatores de risco cardiometabólico em pacientes portadores de diabetes mellitus. METODOLOGIA: trata-se de um estudo transversal realizado no Hospital Universitário de Sergipe (HU-UFS) em adultos e idosos portadores de diabetes mellitus. Para avaliação do risco cardiometabólico desses pacientes foram coletados os seguintes dados: peso, altura, circunferência da cintura (cc), lipidograma completo, glicemia de jejum, glicemia pós-prandial e o nível de atividade física. Para analise dos dados utilizou-se o programa spss® versão 20.0 e foi extraído frequência das variáveis quantitativas e aplicado o teste qui-quadrado adotando nível de significância p<0,05. O presente estudo foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa com número do parecer nº16895213.5.0000.5546. Os participantes que aceitaram contribuir com a pesquisa assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. RESULTADOS: O estudo foi composto por 254 participantes, sendo 77,6% do sexo feminino com média de idade de aproximadamente 59 anos. A média dos dados antropométricos foi: peso 78,09±20,3 kg; CC 100,13±15,38 cm e IMC 31,86±10,45 kg/m². Ao exame bioquímico os participantes apresentaram média de: Glicemia de jejum 133,11±63,5 mg/dL; Colesterol Total 184,07±49,7 mg/dL, LDL-c 105,5±49,7 mg/dL e HDL-c 47,9±17,2 mg/dL. Com relação à prática de atividade física 39,7% referiram fazer algum tipo de atividade física, sendo a caminhada o exercício mais frequente. A média semanal de realização de atividade física foi de três vezes por semana com duração de aproximadamente 5 horas semanais. Foi observada correlação negativa entre atividade física e CC (p<0,001), atividade física e dislipidemia (p<0,001) e atividade física e pressão arterial (p<0,001). CONCLUSÃO: O presente estudo evidenciou que a pratica regular de atividade física interfere negativamente em alguns fatores de risco cardiometabólico.

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Referências

KREUZBERG, J. T. N.; AGUILAR A. M. M.; LIMA, M. M. Riscos para complicações cardiovasculares em portadores de diabetes mellitus. Revista de Enfermagem UFSM. vol. 6, n.1, 2016.

MACEDO, C. S. G. Benefícios da exercício físico na qualidade de vida. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. vol. 8, n. 2, 2012.

SANTANA , O.S., et al. Atividade física e escore de risco de Framingham entre idosos: Projeto Bambuí. Caderno de Saúde Pública. vol. 31, n.10, Rio de Janeiro, 2015.

SILVA, M.A.V., et al. Impacto da ativação da intenção na prática da atividade física em diabéticos tipo II: ensaio clínico randomizado. Ciência & Saúde Coletiva. vol. 20n. 3, 2015.

PASQUALOTTO, K. R., et al. Diabetes mellitus e Complicações. Journal of Biotechnology and Biodiversity. v. 3, n.4, 2012.

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Santos, K. P. C., Salgado, M. C., Sampaio, D. A., Souza, H. R. S., & Barbosa, H. I. M. (2016). RELAÇÃO ENTRE PRATICA DE ATIVIDADE FÍSICA E FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICO EM PACIENTES DIABÉTICOS. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/2840

Edição

Seção

Resumo - Nutrição