CONSUMO DE MINERAIS EM PACIENTES HIPERTENSOS DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE SERGIPE
Palavras-chave:
Dieta, Hipertensão, Sódio, Potássio.Resumo
INTRODUÇÃO: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) tem alta preponderância e baixas taxas de controle. É considerado um dos principais fatores de risco (FR) modificáveis e um dos mais importantes problemas de saúde pública. Com a elevação da PA a partir de 115/75 mmhg de forma linear, contínua e independente, a mortalidade por doença cardiovascular (DCV) aumenta progressivamente. A HAS e as doenças relacionadas à pressão arterial são responsáveis por alta assiduidade de internações, chegando a 154.919 internações em 2011. Apesar de ser uma doença de origem multifatorial, a HAS está bem associada à participação do Potássio (K) e do Sódio (Na) na alimentação dos portadores. Sendo assim, são de suma importância o cuidado e uma intervenção dietética adequada. Como a dieta DASH e a mediterrânea, que preconizam o consumo de frutas, hortaliças, fibras, minerais e laticínios com baixos teores de gordura, e também estabelecem uma restrição de Na e maior oferta de potássio. Obtendo-se importante impacto na redução da pressão arterial e uma menor incidência de insuficiência cardíaca comprovada cientificamente. OBJETIVO: Analisar a ingestão de sódio e potássio de pacientes hospitalares com hipertensão. METODOLOGIA: Estudo transversal, realizado com 154 pacientes adultos e idosos, de ambos os sexos admitidos entre novembro de 2014 a fevereiro de 2015 em um Hospital de Urgências de Sergipe. Foram utilizados dados de sexo, idade e as informações dietéticas quanto ao consumo dos minerais Na e K foram obtidas a partir do inquérito Dietético recordatório de 24h. O IDR24h foi reaplicado em 20% da amostra, com intuito de que esses pacientes possuam dois IDR24h. Potássio e sódio através foram avaliados através da AI (Adequate Intake – Ingestão Adequada). RESULTADOS: Estudo com 154 pacientes, com idade média de 50,56±14,25 anos, dos quais 57% eram do sexo masculino. A amostra apresentou uma média de 1914,92 ± 671.66, no consumo de potássio, e 1202,48 ± 537,46 de sódio. Já em relação ao consumo mínimo e máximo houve uma disparidade maior entre ambos os dados de Na e K, exibindo uma ingestão máxima de potássio de 4244,79 mg e a mínima de 11,82 mg, e a de sódio com consumo mínimo de 275,26 mg e chegando a uma quantidade de consumo máximo elevadíssimo de 4012,93 mg de sódio, duas vezes acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde(OMS) e adotado pelo Ministério da Saúde. CONCLUSÃO: Houve uma relação entre os resultados e a presença de Hipertensão arterial sistêmica, e que o consumo de sódio e potássio estão fora dos padrões recomendados, sendo necessárias ações tanto de origem dietética em pacientes hospitalares, como medidas profiláticas para a diminuição do acometimento de hipertensão no Brasil.
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Referências
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