ANÁLISE ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, IDADE ÓSSEA E NÍVEIS DE TESTOSTERONA EM ESCOLARES DE NATAL-RN

Autores

Palavras-chave:

puberdade, testosterona, maturidade sexual, desenvolvimento, antropometria.

Resumo


INTRODUÇÃO: A maturação compreende período de mudanças hormonais e na composição corporal dos indivíduos, o que demonstra a importância de se estabelecer protocolos sensíveis para avaliar o desenvolvimento, como a idade óssea, por exemplo. OBJETIVO: Correlacionar a idade óssea e níveis de testosterona com a composição corporal de escolares de 11 a 13 anos. MÉTODOS: Participaram do estudo 41 meninos (11,3±1,00 anos; 33,4±7,00 kg). A idade óssea (10,6±1,42 anos) foi estimada segundo equação proposta por Cabral et al (2013). Para o percentual de gordura, recorreu-se à equação de Lohman (1987) e o nível de testosterona foi analisado por quimioluminescência. As medidas antropométricas seguiram diretrizes da Internacional Society for Advancement in Kinanthropometry (ISAK, 2012). Para efeito de fidedignidade, verificou-se o erro técnico de medida (<5%) e a correlação de teste-reteste (>0,95%). Para verificar a correlação entre a idade óssea e níveis de testosterona com a composição corporal foi utilizado o teste de correlação de Spearman. O nível de significância estabelecido foi de p< 0,05. RESULTADOS: A análise de correlação não resultou relação entre percentual de gordura e idade óssea (r=0,263; p=0,078) nem para níveis de testosterona (r=0,128; p=0,397). Os dados divergem dos estudos na literatura que apontam relação entre estes componentes, o que possivelmente pode estar associado à prevalência de sujeitos no estágio 2 da maturação sexual Tanner (1962), que corresponde ao início do desenvolvimento puberal, momento em que as alterações de composição corporal e as de caráter hormonais não são tão evidentes. CONCLUSÃO: o percentual de gordura não apresentou relação com idade óssea e níveis de testosterona provavelmente porque a maioria dos sujeitos estava no estágio 2 de Tanner além de estarem com desenvolvimento atrasado, considerando a idade óssea, sugerindo que as concentrações do hormônio nessa fase ainda não são significativas para alterar a composição corporal dos meninos.

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Biografia do Autor

Kezianne Roseno Castro, UFRN

Nutricionista, Especialista em Nutrição Clínica e Fundamentos Metabólicos, Especialista em Formação Docente para o Ensino SUperior, Docente da UNIFACEX.

Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Castro, K. R. (2016). ANÁLISE ENTRE COMPOSIÇÃO CORPORAL, IDADE ÓSSEA E NÍVEIS DE TESTOSTERONA EM ESCOLARES DE NATAL-RN. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/2712

Edição

Seção

Resumo - Estética