RELAÇÃO DA MATURAÇÃO COM O TEMPO DE REAÇÃO NAS DIFERENTES MODALIDADES ESPORTIVAS

Autores

  • Francisco Emilio Simplicio de Souza Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Thaisys Blanc dos Santos Simões Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Renata Poliane Nacer de Carvalho Dantas Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • João Paulo de Freitas Araújo Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Breno Guilherme Araújo Tinôco Cabral Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

Tempo de reação, Jovens, Esporte

Resumo

INTRODUÇÃO: Atualmente, é crescente o número de estudos que visa identificar e analisar parâmetros morfológicos e físicos de crianças e adolescentes inseridos em treinamentos sistemáticos nas mais variadas modalidades esportivas. O sucesso no desempenho das habilidades motoras depende fundamentalmente da capacidade perceptiva e cognitiva, consequentemente do tempo de reação. A maturação biológica é um processo de importantes alterações fisiológicas que se manifestam de forma mais intensa durante a adolescência. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi verificar se existe influência da idade óssea, enquanto marcador maturacional, no tempo de reação de jovens esportistas em diferentes modalidades. METODOLOGIA: A amostra composta por 94 indivíduos sendo 34 meninas e 60 meninos de 11 a 14 anos, todos praticantes de esportes nas modalidades voleibol e futebol, com prática de duas vezes na semana com duração de 1 hora. Foi realizada avaliação da idade óssea de acordo com o protocolo de Cabral (2011) a partir de variáveis antropométricas. Para avaliação do tempo de reação, utilizamos o Teste de Stroop seguindo o protocolo de Córdova et al. (2008). Para comparar o tempo de reação de acordo com o estado maturacional utilizou-se a análise multivariável (MANOVA) seguido do Post Hoc de Bonferroni para verificar a diferença quando encontrado um valor de F significativo entre os grupos. Para verificar a relação da idade óssea e maturação com o tempo de reação e número de erros recorreu-se à correlação de Pearson. RESULTADOS: Observamos melhor desempenho na etapa III do Stroop teste para os sujeitos no estado maturacional ‘normal’ quando comparado aos ‘atrasados’. A relação entre a idade óssea com o tempo de reação (r= –0.359; p< 0.001), mostrou ser uma relação negativa, já relativo ao número de erro não houve relação com a idade óssea (r= –0.020; p= 0.845). Na análise da relação da maturação com o tempo de reação verificou-se que o tempo de reação se relacionou de forma negativa com a maturação (r= –0.312; p= 0.002) o que não se observou para o número de erros (r= 0.074; p= 0.476). CONCLUSÃO: Concluímos que ao correlacionarmos a idade óssea e maturação com o tempo de reação foi observada uma relação negativa. Evidenciando que quanto maior a idade óssea e o estágio maturacional menor será o tempo de reação dos indivíduos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Francisco Emilio Simplicio de Souza, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Educação Física

Thaisys Blanc dos Santos Simões, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Educação Física

Renata Poliane Nacer de Carvalho Dantas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Educação Física

João Paulo de Freitas Araújo, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Educação Física

Breno Guilherme Araújo Tinôco Cabral, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Departamento de Educação Física

Referências

CABRAL, B. G. A. T. Associação entre idade óssea, maturação, aptidão física e antropometria em praticantes de voleibol de 8 a 14 anos. 120 f. Tese (Doutorado em Ciências do Desporto), Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Porto, Portugal, 2011.

CÓRDOVA, C.; KARNIKOWSKI, M.; PANDOSSIO, J.; NÓBREGA, O. Caracterização de respostas comportamentais para o teste de Stroop computadorizado Testinpacs. Neurociências. v.4, n. 2, p. 75-79, 2008.

DAVIS, D. S.; BARNETTE, B. J.; KIGER, J. T.; MIRASOLA, J. J.; YOUNG, S. M. Physical characteristics that predict functional performance in division I college football players. The Journal of Strength & Conditioning Research. v. 18, n. 1, p. 115-20, 2004.

MORI, S.; OHTANI, Y.; IMANAKA, K. Reaction time and anticipatory skills of karate athletes. Human Movement Science. v. 21, p. 213-30, 2002.

TORRES-UNDA, J.; ZARRAZQUIN, I.; GIL, J.; RUIZ, F.; IRAZUSTA, A.; KORTAJARENA, M.; SECO, J.; IRAZUSTA, J. Anthropometric, physiological and maturational characteristics in selected elite and non-elite male adolescent basketball players. Journal of Sports Sciences. v. 31, n. 2, p. 196-203, 2013.

Downloads

Publicado

2016-11-23

Como Citar

Simplicio de Souza, F. E., Simões, T. B. dos S., Dantas, R. P. N. de C., Araújo, J. P. de F., & Cabral, B. G. A. T. (2016). RELAÇÃO DA MATURAÇÃO COM O TEMPO DE REAÇÃO NAS DIFERENTES MODALIDADES ESPORTIVAS. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/2639

Edição

Seção

Resumo - Educação Física