RELAÇÃO DA MATURAÇÃO COM O TEMPO DE REAÇÃO NAS DIFERENTES MODALIDADES ESPORTIVAS
Palavras-chave:
Tempo de reação, Jovens, EsporteResumo
INTRODUÇÃO: Atualmente, é crescente o número de estudos que visa identificar e analisar parâmetros morfológicos e físicos de crianças e adolescentes inseridos em treinamentos sistemáticos nas mais variadas modalidades esportivas. O sucesso no desempenho das habilidades motoras depende fundamentalmente da capacidade perceptiva e cognitiva, consequentemente do tempo de reação. A maturação biológica é um processo de importantes alterações fisiológicas que se manifestam de forma mais intensa durante a adolescência. OBJETIVO: O objetivo do estudo foi verificar se existe influência da idade óssea, enquanto marcador maturacional, no tempo de reação de jovens esportistas em diferentes modalidades. METODOLOGIA: A amostra composta por 94 indivíduos sendo 34 meninas e 60 meninos de 11 a 14 anos, todos praticantes de esportes nas modalidades voleibol e futebol, com prática de duas vezes na semana com duração de 1 hora. Foi realizada avaliação da idade óssea de acordo com o protocolo de Cabral (2011) a partir de variáveis antropométricas. Para avaliação do tempo de reação, utilizamos o Teste de Stroop seguindo o protocolo de Córdova et al. (2008). Para comparar o tempo de reação de acordo com o estado maturacional utilizou-se a análise multivariável (MANOVA) seguido do Post Hoc de Bonferroni para verificar a diferença quando encontrado um valor de F significativo entre os grupos. Para verificar a relação da idade óssea e maturação com o tempo de reação e número de erros recorreu-se à correlação de Pearson. RESULTADOS: Observamos melhor desempenho na etapa III do Stroop teste para os sujeitos no estado maturacional ‘normal’ quando comparado aos ‘atrasados’. A relação entre a idade óssea com o tempo de reação (r= –0.359; p< 0.001), mostrou ser uma relação negativa, já relativo ao número de erro não houve relação com a idade óssea (r= –0.020; p= 0.845). Na análise da relação da maturação com o tempo de reação verificou-se que o tempo de reação se relacionou de forma negativa com a maturação (r= –0.312; p= 0.002) o que não se observou para o número de erros (r= 0.074; p= 0.476). CONCLUSÃO: Concluímos que ao correlacionarmos a idade óssea e maturação com o tempo de reação foi observada uma relação negativa. Evidenciando que quanto maior a idade óssea e o estágio maturacional menor será o tempo de reação dos indivíduos.Downloads
Referências
CABRAL, B. G. A. T. Associação entre idade óssea, maturação, aptidão física e antropometria em praticantes de voleibol de 8 a 14 anos. 120 f. Tese (Doutorado em Ciências do Desporto), Universidade de Trás os Montes e Alto Douro, Porto, Portugal, 2011.
CÓRDOVA, C.; KARNIKOWSKI, M.; PANDOSSIO, J.; NÓBREGA, O. Caracterização de respostas comportamentais para o teste de Stroop computadorizado Testinpacs. Neurociências. v.4, n. 2, p. 75-79, 2008.
DAVIS, D. S.; BARNETTE, B. J.; KIGER, J. T.; MIRASOLA, J. J.; YOUNG, S. M. Physical characteristics that predict functional performance in division I college football players. The Journal of Strength & Conditioning Research. v. 18, n. 1, p. 115-20, 2004.
MORI, S.; OHTANI, Y.; IMANAKA, K. Reaction time and anticipatory skills of karate athletes. Human Movement Science. v. 21, p. 213-30, 2002.
TORRES-UNDA, J.; ZARRAZQUIN, I.; GIL, J.; RUIZ, F.; IRAZUSTA, A.; KORTAJARENA, M.; SECO, J.; IRAZUSTA, J. Anthropometric, physiological and maturational characteristics in selected elite and non-elite male adolescent basketball players. Journal of Sports Sciences. v. 31, n. 2, p. 196-203, 2013.