RELAÇÃO DA IDADE ÓSSEA E MARCADORES HORMONAIS COM A CAPACIDADE FÍSICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Autores

  • Petrus Gantois Massa dias dos Santos Universidade Federal do Rio Grande do Norte
  • Francisco Emilio Simplicio de Souza
  • Suzet de Araújo Tinoco Cabral
  • Vanessa Carla Monteiro Pinto
  • Breno Guilherme de Araújo Tinoco Cabral

Palavras-chave:

testosterona, estradiol, força muscular, aptidão física

Resumo

INTRODUÇÃO: A capacidade física é um importante parâmetro do desenvolvimento funcional a ser investigado em crianças e adolescentes, não apenas pela idade cronológica e sim pelo seu estado maturacional, já que sujeitos com mesma idade cronológica podem apresentar desempenho diferente ao seu par menos maturado. OBJETIVO: Comparar e relacionar as capacidades físicas e marcadores hormonais de acordo com o sexo e maturação de crianças e adolescentes. MÉTODOS: A amostra foi composta por 89 sujeitos de ambos os sexos de 10 a 13 anos. Foram avaliados a maturação obtida através da idade óssea, capacidades físicas (força explosiva de membros inferior e superior, velocidade de membro superior e agilidade) e marcadores hormonais (testosterona e estradiol) através do método de quimioluminescência. Para comparar as variáveis dependentes de acordo com o sexo e estado maturacional foi utilizado o teste de Mann-Whitney, e o teste de correlação de Spearman para analisar a relação entre a idade óssea e os marcadores hormonais com as capacidades físicas. O nível de significância foi de p<0,05. RESULTADOS: na comparação entre o sexo as meninas obtiveram estado maturacional mais avançado (32,11%, p=0,024) do que os meninos, sendo mais pesadas (13,40%, p=0,023) e altas (2,76%, p=0,018); em contrapartida os meninos apresentaram maior desempenho para as capacidades físicas, FEMS (18,95%, p =0,005), FEMI (9,80%, p=0,011), Agilidade (5,02%, p=0,018), VMS (12,20%, p=0,014); e os respectivos hormônios sexuais obtiveram diferenças significativas (meninos (120,13%, p=0,005)>testosterona; meninas (200,68%, p= 0,002)>estradiol). Relativo à maturação foi observado que os meninos em estado maturacional normal apresentaram maior idade óssea (12,46%, p=0,02), peso (32,83%, p<0,001) e estatura corporal (7,09%, p<0,001), o que também foi verificado para as capacidades de FEMS (26,51%, p=0,002), FEMI (13,84%, p=0,01) e níveis de testosterona (107,54%, p=0,016); resultados semelhantes foram verificados para as meninas, no qual as classificadas no estado normal obtiveram maior idade óssea (21,66%, p<0,001), peso (36,50%, p<0,001) e estatura corporal (9,29%, p<0,001), assim como maior desempenho na FEMS (50%, p<0,001) e níveis de estradiol (146,76%, p=0,011). Na análise de correlação a idade óssea se relacionou com a força explosiva de membros superior (r=0,660, p<0,001) e inferior (r=0,430, p<0,001) e com a testosterona (r=0,296, p=0,048) para os meninos, já a idade óssea das meninas se relacionou com a força explosiva de membro superior (r=0,586, p<0,001) e níveis de estradiol (0,514, p<0,001). CONCLUSÃO: É possível concluir que maturação e os níveis de testosterona e estradiol exercem um importante papel nos aspectos físicos e no desempenho das habilidades motoras das crianças e dos adolescentes, principalmente na força de membro superior a qual se mostrou mais relacionada com a maturação obtida pela idade óssea de meninos e meninas.

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Biografia do Autor

Petrus Gantois Massa dias dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestrando em Educação Física - Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Referências

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Publicado

2016-11-23

Como Citar

Santos, P. G. M. dias dos, Souza, F. E. S. de, Cabral, S. de A. T., Pinto, V. C. M., & Cabral, B. G. de A. T. (2016). RELAÇÃO DA IDADE ÓSSEA E MARCADORES HORMONAIS COM A CAPACIDADE FÍSICA DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES. Congresso Internacional De Atividade Física, Nutrição E Saúde, (1). Recuperado de https://eventos.set.edu.br/CIAFIS/article/view/2622

Edição

Seção

Resumo - Educação Física